O candidato ao governo do estado pelo PHS, José Muvuca (PHS), precisou explicar hoje (02), durante entrevista ao programa MTTV 1ª edição, da TV Centro América, os motivos que o levaram a ser preso em 2008, quando ocupava um cargo de direção na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), durante a operação Termes, desencadeada pela Polícia Federal para combater crimes de exploração ilegal de madeira. Abordado pela apresentadora Luzimar Collares, Muvuca agradeceu o questionamento e se defendeu das acusações.

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“Eu fui realmente preso e quero agradecer por essa oportunidade que tenho de falar para as pessoas que o juiz foi induzido ao erro. Eu fui preso por um caminhão de madeira que eu aprendi que acharam através de um grampo que eu não tinha aplicado a multa. A multa era de R$ 500 a R$ 1500. Eu não só apliquei, como apliquei a multa maior. O juiz foi induzido ao erro, tanto é que não deu em nada até hoje, que no mesmo dia eu voltei para o mesmo cargo”, afirmou o candidato.

A apresentadora destacou, logo em seguida, que o inquérito da Polícia Federal havia sido encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE), e não havia sido encerrado até o presente momento. Muvuca respondeu mantendo mesma postura e acusou adversário de terem induzido a justiça ao erro. “A gente sabe que tem muita gente, inclusive concorrentes meus, que tem muita influência lá dentro, que induz pessoas a erro para prejudicar as outras pessoas, por interesses pessoais, particulares e políticos”, disparou.

José Muvuca também foi abordado sobre sua proposta de anular os efeitos da Lei Kandir e sobre como pretende arrecadar recursos para implementar os programas que pensa para governar Mato Grosso. Para o humanista, a primeira coisa a ser feita é rever a política de incentivos fiscais.

“A anulação da Lei Kandir demanda tempo, mas nós podemos pedir uma autorização para o Banco Central do Brasil, para o governo federal, e criar essa oneração de forma gradativa para não causar impacto aos produtores. Mas, nos podemos fazer um movimento de revisão dos incentivos fiscais que hoje tiram R$ 3 bilhões dos cofres públicos. E nós podemos fazer um esforço fiscal, sem contar com a dívida ativa, temos uma massa de 500 mil processo. Se fizermos a cobrança deles podemos colocar em caixa R$ 1,2 bilhão e em 6 meses resolvemos”, pontuou.

Agronegócio

O candidato a governador defendeu sua postura em relação de onerar os grandes produtores rurais como forma de levantar recursos para se investir em áreas importantes como a saúde, segurança e educação e disse que essa proposta não afasta novos investidores para o estado. “Se você não tem uma escola decente, um policiamento decente, se não tem um asfalto no seu bairro, a culpa é desses grandes produtores que não pagam ICMS, enquanto nós pagamos a cada saco de arroz, feijão, a cada litro de gasolina, 42% de imposto na conta de energia elétrica”, lamentou Muvuca.

Alianças

O candidato da coligação ‘Humanizar e Mobilizar’ também foi questionado sobre a ausência de muitos partidos em sua coligação e sobre como faria para montar seu secretariado caso seja eleito governador. Segundo Muvuca, esse é um fator que o diferencia dos demais candidatos.

“Essa é uma oportunidade de mostra o contraste que existe da minha candidatura para a candidatura dos meus concorrentes. Eu não tenho grandes alianças porque eu não tenho conchavos. Minha grande proposta para suprir essa necessidade de compor o governo é que eu, somente eu, farei com que o secretariado de todas as pastas seja eleitos pelo conjunto de funcionários dos trabalhadores daquelas pastas. Na educação, por exemplo, o secretário será eleito por pessoas que trabalham na secretaria, desde a merendeira, do porteiro”, garantiu Muvuca.