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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Natália Ponte é a maior culpada pela morte de Joaquim, diz pai do menino

Foto: (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)

Joaquim, de 3 anos, foi encontrado morto no rio Pardo, em Barretos, SP

Joaquim, de 3 anos, foi encontrado morto no rio Pardo, em Barretos, SP

Um novo grupo de testemunhas de acusação e defesa será ouvido nesta quinta (11) e sexta-feira (12) em Ribeirão Preto (SP) durante duas audiências sobre a morte de Joaquim Ponte Marques - menino de 3 anos encontrado no Rio Pardo, em Barretos (SP), após desaparecer de sua casa em novembro de 2013. Um dos que devem prestar depoimento é o pai da criança, Arthur Paes Marques, que, em entrevista à reportagem da EPTV, disse não descartar a hipótese de que sua ex-mulher, Natália Ponte, tenha tido envolvimento direto com a morte do filho do casal.

Tanto Natália quanto Guilherme Longo, padrasto do menino, respondem ao processo por homicídio triplamente qualificado. Para a polícia e para o Ministério Público, Longo matou Joaquim com uma alta dose de insulina e em seguida o jogou no córrego próximo à casa da família em Ribeirão. Por outro lado, para a Promotoria, Natália teve um comportamento considerado omisso por saber do comportamento agressivo de Longo.


 

Além de acreditar na versão de que a superdose de insulina matou seu filho, Paes Marques sustenta a opinião de que sua ex-mulher foi omissa. Ele não descarta a possibilidade de ela ter participado diretamente da ação que resultou na morte da criança. “Eu acredito que ela tenha muito envolvimento. Acredito que, na verdade, o maior culpado disso tudo é ela. Porque ela era responsável pelo meu filho. (...) Ela preferiu assumir um amor com um ex-dependente químico do que assumir o papel como mãe”, afirmou.

Quando se refere à relação entre padrasto, mãe e filho, o pai nega a existência de uma família feliz defendida por Natália em seus depoimentos. Ainda segundo ele, o tempo que Natália e Longo passaram juntos antes do corpo do menino ser encontrado permitiu que o casal tivesse a chance de combinar a versão a ser apresentada à polícia. “Não existe essa família de propaganda de margarina que eles falam. Quando cheguei de São Paulo ficou comprovado que não existia. Tanto que os mesmos familiares que foram lá e disseram que eles eram lindos e maravilhosos faziam campana na casa deles. Não os deixavam sair de casa, porque sabiam que os dois estavam envolvidos”, disse.
 

Se as informações apresentadas por Paes Marques forem comprovadas, o status de Natália no processo pode ser alterado, segundo Alexandre Durante, advogado do pai de Joaquim. “Se devidamente comprovado for, coloca a Natália diretamente no caso em pé de igualdade com o Guilherme. O que nos causa estranheza são as testemunhas de defesa da Natália, que até a fase policial culpavam Guilherme, agora o trazem como um santo. Como se nada daquilo tivesse ocorrido, como se fosse uma família feliz”, afirmou.

Audiências
As audiências que acontecem em Ribeirão Preto a partir desta quinta são as primeiras a serem realizadas na cidade desde o início da fase de instrução. Antes disso, duas foram realizadas em São Joaquim da Barra (SP) e uma em Cachoeira Alta (GO).

O promotor do caso, Marcus Tulio Nicolino, acredita que os depoimentos só confirmarão o que já foi apurado no inquérito policial. “O Ministério Público espera a confirmação daquilo que foi produzido na delegacia, em que foram apresentadas provas de que o Guilherme foi o autor direto do homicídio e de que a Natália se omitiu em relação à guarda e proteção da criança”, explicou.

Ele afirma não acreditar que surgirão fatos novos e que, por enquanto, está descartada a realização de mais alguma perícia. Para ele, não restam dúvidas do envolvimento de Guilherme na morte.

Por outro lado, o advogado do padrasto, Antônio Carlos de Oliveira, disse que seu cliente continuará afirmando sua inocência e ressaltando a falta de provas. “Se diz inocente, se diz injustiçado, tanto que a defesa busca, nas instâncias superiores, a sua libertação com a revogação da prisão preventiva. (...) Tudo aquilo que o promotor disse até agora e afirmou na sua denúncia não foi confirmado. As testemunhas até então ouvidas retratam o contrário. Retratam que o Guilherme e a Natália viviam bem, e ele tratava o menino Joaquim como se fosse seu próprio filho.”

O caso
Longo está preso desde 10 de novembro, data em que teve a prisão temporária decretada e quando Joaquim foi encontrado morto no Rio Pardo. Ele ficou detido na Delegacia Seccional de Barretos (SP) até 6 de janeiro, quando foi transferido - já com a prisão preventiva em curso - para a Penitenciária II, em Tremembé (SP). Nesta semana, o Supremo tribunal Federal (STF) negou a quinta tentativa da defesa de libertar Guilherme.

Já Natália, beneficiada por um habeas corpus, está em liberdade provisória desde 10 de janeiro, quando deixou a Penitenciária I, também em Tremembé. No fim do ano passado, a mãe de Joaquim chegou a ficar presa por 31 dias até obter a liberdade.

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