"O maior exemplo de acefalia administrativa foi o governo passado", afirmou o prefeito de Nortelândia, Neurilan Fraga (PSD), durante sua posse como presidente da Associação Mato-Grossense de Municípios (AMM), em uma das várias críticas feitas a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
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Sem citar nenhuma vez o nome do ex-gestor, ele condenou a falta de atenção dada aos prefeitos, bem como as diversas falhas em manter os compromissos firmados na última administração estadual.
"Não queremos jamais um governo como este que passou. Queremos ser respeitados pelo governador", asseverou, durante a solenidade realizada na noite de quinta-feira (26), perante o auditório do hotel Business Prime lotado de vereadores, prefeitos, deputados, secretários de Estado e o próprio governador Pedro Taques (PDT).
Para Neurilan, os prefeitos foram ignorados ou tratados como incompetentes pelo antigo governador. Ele ainda apoveitou às criticas feitas a dificuldade do ex-governador em honrar os compromissos firmados e de ouvir os prefeitos para planejar trabalhos conjuntos para dar um recado ao atual governador:
"Confiança de prefeito se conquista com parcerias. Queremos ser respeitados e ouvidos. O cidadão vive no município, e o prefeito também. É lá que as coisas acontecem e nós conhecemos os problemas e as dificuldades do dia-a-dia. É inaceitavel os prefeitos ficarem de fora das discussões que definirão o futuro do estado", discursou.
Defesa dos interesses
O novo presidente da AMM também afirmou que fará uma defesa instrânsigente dos interesses dos prefeitos de Mato Grosso. Atualmente, as duas principais cobranças da categoria é o pagamento dos repasses da Saúde deixados em atraso pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e a divisão do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), atualmente sub-judicie.
Pedro Taques já regularizou os repasses de 2015 de 125 municípios e estabeleceu um cronograma para o pagamento. Contudo, ainda não programou a quitação de todas as dívidas deixadas pelo antigo gestor. Já a lei que prevê a divisão de parte do Fethab entre Estado e municípios está suspensa devido a decisão judicial por pedido da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja).
Enxugamento
Assim como no Executivo Estadual, Neurilan pediu um prazo de 100 dias para realizar as primeiras mudanças significativas na atual estrutura da AMM. Ele afirmou que irá enxugar a instituição, acabar com a imagem de "cabide de empregos" e reestruturar o setor de projetos, considerado um dos mais importantes serviços prestados pela associação aos municípios.
