Nível de radiação do local estava menos de um décimo do esperado.

Robôs ajudam no processo de retirada do combustível fundido no reator.

Um robô enviado ao reator 1 da usina nuclear de Fukushima fez novas imagens do interior do local, com o objetivo de ajudar os técnicos da Tokyo Eletric Power (Tepco) no processo de retirada do combustível fundido dentro do reator. A empresa divulgou o vídeo registrado pelo robô em sua página no Facebook.

As novas imagens foram registradas por um segundo robô enviado ao interior do reator. O primeiro robô foi enviado no dia 10 de abril, mas parou de funcionar cinco horas depois de entrar no local, após completar apenas uma parte de sua missão. A empresa também divulgou as imagens registradas por este aparelho.

Os equipamentos foram desenhados para explorar o reator porque seu interior continua perigoso para os trabalhadores entrarem em segurança. Há obstáculos desconhecidos causados por danos do acidente nuclear, quando a usina foi atingida por um tsunami em março de 2011.

O novo aparelho detectou que a radiação do local estava menos de um décimo do esperado. Isso significa que o segundo robô pode continuar dentro do reator por mais dois ou três dias. Inicialmente foi planejado que o equipamento ficasse por 10 horas.

Além disso, detectou-se que a temperatura interior é mais baixa do que a considerada normal, o que indica a eficiência dos sistemas de resfriamento.

Também foi indicado que não há obstáculos para entrar na parte inferior do reator, onde espera-se encontrar o combustível nuclear. Acredita-se que o combustível tenha caído no fundo do reator, provavelmente no chão do vaso de contenção primária. De acordo com a Tepco, um entendimento claro do local e da condição deste material é essencial para o desenvolvimento de um plano para retirá-lo.

A retirada do combustível nuclear é a operação mais complexa e delicada do longo processo para desmantelar a usina, um trabalho que pode durar até 40 anos.