Já virou praxe de alguns candidatos das coligações “Amor a Nossa Gente” e “Viva Mato Grosso” elogiarem a atuação de Pedro Taques (PDT) no Senado e afirmarem que ele perderá as eleições para o governo porque o povo gostou dele como senador. Contudo, o pedetista pensa diferente e aproveita a deixa dos rivais para ironizar e pedir o voto deles.

Ex-prefeito abandona candidatura pelo grupo de Taques para apoiar Riva e prevê debandada

“Eu agradeço ao Wellington (Fagundes, PR), agradeço ao Aray (da Fonseca, PSD), e aproveito para pedir o voto deles. Agora, essa é uma opinião deles. O povo quer que eu volte para Mato Grosso como governador para transformar esse Estado”, disse um bem humorado Pedro Taques, em entrevista durante o lançamento do seu site oficial de campanha.

Para justificar seu argumento, Fagundes, que é candidato ao Senado na chapa liderado por Lúdio Cabral (PT), usa uma experiência pessoal: Ele afirma ter sido derrotado em uma eleição para prefeito de Rondonópolis porque o povo gostava dele como parlamentar federal e queria que ele continuasse seu trabalho na Câmara dos Deputados.

“Fui inimigo de mim mesmo. Agora, o Taques também é dele. Eu não voto nele porque quero trabalhar com ele no Senado”, disse o republicano. Já Aray da Fonseca, candidato a vice na chapa encabeçada por José Riva, afirma que se Taque for eleito o Estado perderá um bom senador e terá um governador sem perfil.

Contudo, ambas as hipóteses levantadas pelos rivais são descartadas por Taques. “Quando eu era procurador da República diziam que eu não podia sair do MPF porque eu era bom no que fazia e seria um mau senador. Sou considerado um dos cinco melhores senadores do ano desde que fui eleito. Agora dizem para eu não sair do Senado. Então vou ser um bom governador”, disse Taques, em meio a sorrisos.