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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Obama demonstra interesse dos EUA de disputarem concessões no Brasil

Após se reunir com a presidente Dilma Rousseff na Casa Branca, em Washington, nesta terça-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, demonstrou interesse do país em disputar as concessões previstas no Plano de Investimentos em Logística.


Conforme o Ministério das Relações Exteriores, um dos objetivos da viagem da presidente aos EUA, além da retomada do diálogo com o governo norte-americano, é a atração de investimentos do país para o pacote. Lançado há cerca de três semanas, o plano prevê concessões em aeroportos, portos, rodovias e ferrovias e estima R$ 198,4 bilhões em investimentos em infraestrutura.
"A presidente e eu achamos que há muito mais que podemos fazer juntos. Dilma, agradeço seu compromisso pessoal de dar o próximo passo em nossa parceria. Por isso, trabalhamos nesse sentido. Estamos anunciando série de novas etapas para melhorar o comérico, investimentos e empregos em nossos países", disse o presidente.

"Com o anúncio recente sobre infraestrurua no Brasil, empresas norte-americanas terão mais oportunidade para concorrer em projetos que desenvolvam as rodovias, aeroportos, portos e ferrovias do Brasil", completou Obama.

As declarações do presidente dos EUA ocorreram na Casa Branca após ele se reunir com a presidente Dilma. Ao longo de seu discurso, Barack Obama citou a "forte parceria" com o Brasil e classificou a relação com o país de "parceria natural".

Obama destacou ainda que a relação entre os Estados Unidos e o Brasil não se dá "só de acordos". Na avaliação dele, os dois governos precisam expandir, além dos acordos comerciais, a cooperação científica e tecnológica.

Espionagem
O encontro nesta terça entre Dilma e Barack Obama marcou a superação da crise diplomática entre os dois países, iniciada em 2013, quando documentos sigilosos classificados como "ultrassecretos" vazados pelo ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden revelaram que os EUA monitoraram atividades de outros países e de seus líderes, incluindo Dilma.

À época, a presidente cancelou a visita de Estado que faria aos Estados Unidos. Em entrevista a um jornal belga no início de junho, Dilma disse que o caso é "uma questão do passado".
Durante a declaração à imprensa, Obama foi questionado sobre o assunto e disse ter "relação baseada na confiança" com o Brasil.

"Em relação à confiança, eu diria que a presidente Rousseff e eu temos tido excelente relacionamento desde que ela tomou pose. Ela foi, sempre, muito franca e honesta em relação aos interesses do povo brasileiro e como podemos trabalhar juntos", disse, sem entrar em detalhes sobre as denúncias de espionagem.

Cuba
Durante o seu discurso, Obama agradeceu ainda à presidente pelo "apoio" na ação do governo norte-americano de retomar as delações diplomáticas com Cuba, após 53 anos. O presidente dos Estados Unidos afirmou ainda que a "liderança" do Brasil será "boa" para que o país possa abrir uma embaixada em Havana, capital de Cuba.

"Eu agradeço pelo apoio da presidente Rousseff e ao Brasil pelo apoio em relação a Cuba. Eu a atualizei, em tempo, dos nossos trabalhos para abrir embaixadas em Havana e Washington. Sabemos que a liderança do Brasil será boa para isso", disse.
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