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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Oscar Pistorius é condenado a cinco anos de prisão por morte de namorada

Depois de 20 meses da noite do crime, Oscar Pistorius enfim conheceu a sentença que terá que enfrentar pela morte de sua namorada, Reeva Steenkamp. Acusado anteriormente de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, o atleta paralímpico foi condenado a cinco anos de prisão. A decisão foi anunciada pela juíza responsável pelo caso, Thokozile Masipa. Os lados ainda têm o direito de recorrer da sentença.



Cercado por um batalhão de jornalistas e com segurança reforçada, Pistorius chegou na corte em Pretória um pouco depois das 9 horas (horário local sul-africano).  A justiça já havia considerado o atleta inocente diante da acusação de assassinato premeditado. 

A juíza Thozolile Masipa deixou claro que a decisão ali era unicamente sua. A responsável pelo caso também lembrou e destacou os depoimentos realizados na semana passada, tanto por testemunhas de acusação quanto de defesa, e deixou claro que encontrar a sentença apropriada foi considerado um desafio. Para a magistrada, uma pena mais leve mandaria uma mensagem errada para a população.

Em seu discurso, a juíza sugeriu que o sistema prisional sul-africano está sim preparado para receber pessoas com deficiência física, como Pistorius. A questão foi muito discutida na semana passada, mas ela criticou argumentos de uma das testemunha de defesa, que tentou mostrar a prisão como um lugar perigoso para o réu. 

- Não seria razoável para este tribunal de usurpar as funções do departamento de serviços penitenciários após a sentença - disse ela, que apontou que a preocupação da defesa não era apenas com o problema físico de Pistorius, mas também suas necessidades relacionadas com a saúde mental.

A juíza afirmou que as muitas contribuições de Oscar Pistorius para a sociedade não podem ser negadas. Ao falar sobre as infrações cometidas pelo réu, ela considerou todas muito graves e falou sobre o clamor popular diante do caso.


- Há uma diferença entre punição e vingança. A sociedade não pode ter sempre o que quer. Os tribunais não existem por um concurso de popularidades, mas apenas para fazer justiça - disse a responsável pelo caso.

Diante dos olhares dos familiares de Reeva Steenkamp, Thokozile Masipa lembrou do discurso da prima da vítima, na semana passada. Apontou Reeva como uma jovem cheia de vida no momento de sua morte e ressaltou que nada poderá trazê-la de volta.


Lembre o caso:
No dia 14 de fevereiro de 2013, Oscar Pistorius deixou sua casa em Pretória escoltado por autoridades como principal suspeito de matar a sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, naquela madrugada. Em depoimento, o atleta alegou que ouviu barulhos e efetuou os disparos de arma de fogo após confundir a companheira com um ladrão. A promotoria, no entanto, acredita que o crime foi premeditado e executado após uma discussão do casal. Após uma semana de audiências, no ano passado, o juiz Desmond Nair garantiu a fiança ao medalhista paralímpico e anunciou que ele responderia pela morte de Reeva em liberdade.
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