Manifestantes protestam nesse momento no saguão principal do Palácio Dante Martins de Oliveira, sede da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em Cuiabá, onde acontece sessão itinerante da Câmara dos Deputados com a presença do presidente da órgão, Eduardo Cunha (PMDB). O protesto reúne estudantes, movimentos em defesa dos direitos humanos e sindicatos. Do lado de fora do prédio também há um grupo de  manifestantes. 
 
Em imagens encaminhadas ao Olhar Direto é possível constatar que policiais militares impediram o acesso de manifestantes às galerias do prédio, onde pretendiam acompanhar a sessão itinerante da Câmara dos Deputados. É possível ver que um policial militar impede o acesso ainda na escadaria.



Estima-se que cerca de 50 pessoas tenham conseguido entrar na AL para protestar. Eles também usam palavras de ordem contra a atuação da Polícia Militar. Os soldados que trabalham no local foram chamados de fascistas.
 
O grupo protesta contra Eduardo Cunha, defensor intransigente da família ‘tradicional’ no Congresso Nacional.
Entre os cartazes dos manifestantes e gritos de ordem, é possível identificar pautas como a defesa legalização do aborto, criminalização da homofobia, desmilitarização da Polícia Militar e contra PEC 215, que tira da Funai a exclusividade sobre demarcação de terras indígenas.  "Só por cima do meu cadáver", diz um do cartazes expostos em referência a fala de Eduardo Cunha. Em fevereiro deste ano, o presidente da Câmara afirmou em sessão ser radicalmente contra a votação de qualquer projeto de legalização do aborto no Brasil. 

Eduardo Cunha não terá o menor contato com o grupo já que deverá utilizar a entrada dos parlamentares da Casa, evitando o saguão principal. 

O estudante Vitor Paulo, membro do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), disse que o protesto é um enfrentamento às politicas conservadoras de Eduardo Cunha. “Ele está tentando emplacar pautas conservadoras, com a PL da terceirização e a redução da maioridade penal”.

O biológo Luã Oliveira declarou durante o protesto: "Cunha está trazendo pautas que vão diminuir os direitos da população, como a PL da terceirização que reduz direitos trabalhistas, a PEC 215 que flexibiliza direitos indígenas e Eduardo levanta bandeira de orgulho hetero, mas ninguém morre por ser hetero enquanto milhares de homossexuais são assassinados no Brasil". 

Sem acesso, ao saguão, o grupo protesta do lado externo da Assembleia e chegou a bloquear uma das pistas da avenida André Maggi.

Assembleia Legislativa

A Secretaria de Comunicação da Assembleia Legislativa de Mato Grosso informou que as galerias foram reservadas a autoridades que acompanham audiência da Câmara Itinerante. A assessoria afirmou que trata-se de uma audiência e não uma sessão rotineira da Casa.
 
Ratificou que o público pode acompanhar os procedimentos legislativos por meio de telão instalado no saguão. 

*Atualizada 15h40/15h45 e 16h30