Uma nota emitida pelo PSB na noite desta quarta-feira (14) para rechaçar declarações do deputado federal Júlio Campos (DEM) com relação à aproximação do PR com os partidos de oposição, pode ter azedado de vez a relação do Democratas na aliança pela candidatura do senador Pedro Taques (PDT) ao governo do estado. No texto, PSB afirma a prática de fazer política à luz do dia, segundo eles adotada por Mauro Mendes (PSB), é muito diferente dos "conchavos clandestinos do passado, feitos na calada da noite e marcados por acertos financeiros e acordos pessoais espúrios" do deputado Júlio Campos.

Durante recente entrevista ao programa Folha Mix, da Rádio Mix, o deputado Júlio Campos reafirmou que vinda do PR para grupo era incompatível com o discurso de oposição do senador Pedro Taques, uma vez que está há 12 anos sugando do governo, usufruindo de secretarias e cargos. “Como o PR vai falar mal se há 12 anos participa deste governo?”, indagou o democrata ao reforçar a existência de um jogo de interesse econômico e financeiro envolvendo as negociações entre o PR e a oposição, coordenadas por Mendes. Segundo ele, o prefeito de Cuiabá já “fechou com Emanuel o apoio à sua reeleição”.

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Na nota emitida pelo PSB, a Executiva afirma que as declarações de Júlio são irresponsáveis. No texto ainda é frisado que Movimento Mato Grosso Muito Mais nasceu a partir da candidatura de Mauro Mendes a governador do Estado em 2010, quando elegeu Pedro Taques Senador da República.

“Um dos coordenadores da articulação desta candidatura ao Governo do Estado, Mauro Mendes, autorizado pelo pré-candidato Pedro Taques e os partidos agregados a este projeto, conduz uma série de diálogos públicos e transparentes com diversas forças políticas, inclusive com o PR. Esta prática de fazer política à luz do dia é muito diferente dos conchavos clandestinos do passado, feitos na calada da noite e marcados por acertos financeiros e acordos pessoais espúrios do deputado Júlio Campos”, rebateu.

O texto vai além e ironiza o deputado federal. “Não é prática da nossa forma de fazer política colocar na mesa da negociação interesses de barganha e vantagens pessoais anti-éticas. Essa carapuça cabe a quem entrou para o folclore político brasileiro associado ao “bereré”. A relutância em entender que o tempo das negociatas e das provocações verbais acabou expõe resquícios de um coronelismo que imaginávamos sepultado”, consta da nota.

Ao final da nota, o PSB ainda frisa que a ‘trajetória política de Júlio Campos representa o autoritarismo retrógrado de um passado recente, mas não o credencia a atacar irresponsavelmente e com inverdades pessoas de bem, representando uma tentativa desesperadora de buscar sobrevida no cenário político’. “Exigimos respeito aos homens e mulheres de bem que militam no nosso partido!!!”, finaliza.

Confira a íntegra da nota:

A Executiva Estadual do PSB - Mato Grosso vem a público repudiar veementemente as declarações irresponsáveis do deputado federal Júlio Campos contra o presidente do nosso partido e em nome da verdade esclarecemos:

1 - O Movimento Mato Grosso Muito Mais nasceu a partir da candidatura de Mauro Mendes a governador do Estado em 2010, quando elegeu Pedro Taques Senador da República. Seguimos firmes, de maneira incondicional, lutando agora pela construção da candidatura de Pedro Taques ao governo de Mato Grosso, que entendemos representar as mudanças que a população grita nas ruas.

2 - Um dos coordenadores da articulação desta candidatura ao Governo do Estado, Mauro Mendes, autorizado pelo pré-candidato Pedro Taques e os partidos agregados a este projeto, conduz uma série de diálogos públicos e transparentes com diversas forças políticas, inclusive com o PR. Esta prática de fazer política à luz do dia é muito diferente dos conchavos clandestinos do passado, feitos na calada da noite e marcados por acertos financeiros e acordos pessoais espúrios do deputado Júlio Campos.

3 - Não é prática da nossa forma de fazer política colocar na mesa da negociação interesses de barganha e vantagens pessoais anti-éticas. Essa carapuça cabe a quem entrou para o folclore político brasileiro associado ao “bereré”. A relutância em entender que o tempo das negociatas e das provocações verbais acabou expõe resquícios de um coronelismo que imaginávamos sepultado.

4 - A trajetória política de Júlio Campos representa o autoritarismo retrógrado de um passado recente, mas não o credencia a atacar irresponsavelmente e com inverdades pessoas de bem, representando uma tentativa desesperadora de buscar sobrevida no cenário político.

Exigimos respeito aos homens e mulheres de bem que militam no nosso partido!!!

É hora de dar um basta na Velha Política.