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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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TERCEIRA VIA

PTB cansa de esperar ‘sim’ de Taques e lança Luiz Pagot para governador de MT; pupilo de Blairo Maggi

Foto: Ednilson Aguiar/Secom-MT

Luiz Antônio Pagot pretende abrir conversa com Blairo Maggi, seu

Luiz Antônio Pagot pretende abrir conversa com Blairo Maggi, seu

Pelo menos por enquanto, o Partido Trabalhista Brasileiro foi o único que se apresentou ao eleitorado de Mato Grosso como ‘terceira via’ nas eleições deste ano. A decisão foi tomada na noite desta terça-feira (25/03), durante reunião da Executiva Estadual do PTB, com a apresentação do ex-secreta´rio e ex-diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, como pré-candidato a governador.


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O PTB decidiu tentar se apresentar como ‘terceira via’ por conta da indefinição do senador José Pedro Taques (PDT) quanto à cessão ou não da vaga ao Senado na chapa majoritária, para a indicação da ex-senadora Serys Slhessarenko (ex-PT). O martelo vai ser batido na reunião do próximo dia 4 de abril, em Cuaibá.

Os principais líderes da legenda em Mato Grosso participaram do dessa definição e, desta forma, o PTB é a primeira agremiação a abandonar Pedro Taques.

Sob forte pressão da Executiva Nacional, que reponde ao Palácio do Planalto, o grupamento petebista de Mato Grosso revela que o rompimento do grupo se deve com a postura do senador pedetista em demorar na escolha do nome da coligação ao Senado e, também, ao fato de ter intensificado os ataques contra a presidenta Dilma Roussef (PT), candidata à reeleição com apoio do PTB.

Durante o encontro, o PTB decidiu que vai construir a pré-candidatura a governador de Luiz Antônio Pagot. “Definimos apresentar uma nova alternativa para o eleitor de Mato Grosso na pessoa do Pagot que é um homem simbolizado pelo trabalho”, explicou o presidente da Executiva do PTB de Cuiabá, Carlos Eduardo Haddad, o ‘Tuba’, para a reportagem do Olhar Direto.

"Quando a base aliada for na direção de Pedro Taques, é mais da mesma coisa. Nós queremos ser oposição de fato para mudanças concretas. O PTB não deseja ser mais da mesma coisa", disse Pagot, com exclusividade para a reportagem do Olhar Direto.

"Mato Grosso não pode mias esperar. É necessários novos projetos para novas políticas públicas em várias frentes", pontuou Pagot.  

O pré-candidato do PTB não teme o "efeito Julier", diante do ingresso do juiz federal Julier Sebastião da Silva no PMDB para disputar as eleições de 2014. "Julier é da base aliada e vai comer na mão do PMDB. Comer do que o PMDB der", avaliou ele.

Sobre uma eventual candidatura do amigo Blairo Maggi, o ex-diretor do Dnit vê apenas 1% de chances desse fato acontecer. "Ele está cuidando da vida empresarial dele e irá passar os próximos meses no exterior", argumentou.

Pagot não economizou críticas ao atraso e à qualidade das obras da Copa do Pantanal Fifa 2014, em Cuiabá e Várea Grande.

Na reunião, ficou definida que Serys Shlessarenko manterá o projeto de tentar retornar ao Congresso Nacional. Em princípio, ela pretendia disputar a vaga na mesma chapa que Taques, mas diante da indefinição do grupo pedetista resolveu buscar um vôo solo dentro da legenda trabalhista.

Outra novidade: tratado até então como pré-candidato a Assembleia Legislativa, agora o ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), deve ser candidato a deputado federal. O PTB pretende, a partir de agora, formar a chamada “terceira via” do processo eleitoral deste ano em Mato Grosso.

Luiz Pagot já teria aberto conversações com líderes de DEM, PPS e PSD para a debater uma nova proposta para Mato Grosso.

Luiz Pagot exerceu cargos no governo do atual senador Blairo Maggi (PR), tendo maior destaque no comando da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), atual Transportes e Pavimentação Urbna (SPTU). Depois, passou pela Chefia da Casa Civil e, enfim, em 2010-11, foi diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit). Ainda nesta semana, Luiz Pagot espera conversar com Maggi para tentar inseri-lo no seu projeto eleitoral. (Colaborou Darwin Júnior).
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