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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Pastor Everaldo quer extinguir pastas de Portos, Aviação e da 'enrolação'

O candidato do PSC (Partido Social Cristão) à Presidência da República, Pastor Everaldo, afirmou nesta sexta-feira (29), em entrevista ao vivo no estúdio do G1, em São Paulo, que, dentre os 19 ministérios que pretende extinguir, caso seja eleito, três serão os de Portos, da Aviação Civil e a Secretaria de Relações Institucionais, que apelidou de "ministério da enrolação institucional". A pasta é responsável pela articulação política do governo.


"É um ministério que nunca resolveu nada. Sempre depende de outro, da Casa Civil, para resolver. Só enrola, enrola, enrola. Esse é de imediato [alvo do corte ministerial]", afirmou.

O candidato reiterou a proposta apresentada durante a campanha de reduzir o total de ministérios dos atuais 39 para 20. Segundo ele, os casos que mencionou são exemplos, mas uma reforma administrativa "criteriosa" definiria as demais pastas que deixariam de existir.

"Mas não precisa mais do que 20. Temos equipe, estamos estudando. Nenhuma dessas atividades será desprestigiada. [...] Todavia, para que ministério para esses casos que eu citei?", indagou.

Durante cerca de 45 minutos, Pastor Everaldo respondeu a perguntas de internautas e do portal, em três blocos, conduzidos pelos jornalistas Tonico Ferreira, da TV Globo, e Nathalia Passarinho, do G1. A ordem dos candidatos na série de entrevistas com os presidenciáveis (veja ao final desta reportagem) foi definida por sorteio na presença de representantes dos partidos de todos os candidatos. A presidente Dilma Rousseff, candidata sorteada para o primeiro dia da série de entrevistas (28 de julho), não compareceu por problemas de agenda, segundo a assessoria do Palácio do Planalto. Além de Pastor Everaldo, já foram entrevistados Zé Maria (PSTU), Aécio Neves (PSDB), Mauro Iasi (PCB), Eduardo Campos (PSB), Rui Costa Pimenta (PCO), Levy Fidelix (PRTB), Eymael (PSDC) e Eduardo Jorge (PV).

Corrupção

Para Pastor Everaldo, a redução do tamanho do Estado também será uma forma de reduzir a corrupção. Segundo o candidato, só existe corrupção porque o Estado "é grande e tem poder na mão para fazer negociações".

"Hoje, o atual governo se serve do cidadão. Nosso foco é um governo que sirva o cidadão e tirar o máximo de poder da mão do Estado porque, quando você tem o poder de negociação, você fica tentado a fazer os atos de corrupção que têm acontecido hoje", declarou.

Apoio ao governo
O candidato foi questionado sobre o apoio do partido dele, o PSC, ao atual governo, que hoje critica. O partido se manteve até o ano passado na base aliada do governo no Congresso – em março, a bancada do PSC declarou "independência".
Segundo o presidenciável, o partido se decepcionou "porque os princípios que nós defendemos foram vilipendiados por esse governo". Indagado sobre quais são esses princípios, Pastor Everaldo mencionou especificamente a questão da legalização do aborto, devido à inclusão no governo de uma ministra que, segundo ele, defende esse ponto de vista.

"A decepção nossa foi exclusivamente porque os princípios que nós defendemos foram vilipendiados por esse governo. Nós somos a favor da vida e ela [a presidente Dilma Rousseff] botou uma ministra que defendia o aborto, colocou projetos para vilipendiar a família, com princípios totalmente contrários ao que nós defendemos", disse.
Carga tributária

Um das propostas apresentadas pelo candidato durante a entrevista foi a da extinção progressiva das chamadas contribuições sociais, como CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), como forma de redução da carga tributária.

"Tenho defendido claramente reforma administrativa com corte na carne. O Estado tem de ser diminuído. Aí vamos evitar cobrar mais impostos", afirmou.

Segundo ele, as contribuições sociais serão reduzidas "na razão de 1/20" por ano, o que significaria extinguí-las em 20 anos.

Questão social

Em relação a temas sociais, o candidato do PSC se disse contrário à legalização das drogas, criticou o uso da "máquina do governo para ensinar homossexualismo às crianças" nas escolas – para ele, educação sexual "é em casa", sob a responsabilidade dos pais – e se manifestou contra a chamada Lei da Palmada, cujo objetivo é coibir a violência doméstica de pais contra filhos.

"Para mim, é uma atrocidade. Sou contra qualquer tipo de violência. Sou fruto de um lar em que aprendi, meus pais me educaram sem violência. Então, não precisa de lei para fazer isso", declarou, em referência à Lei da Palmada.

Marina Silva
Indagado sobre o risco de perder votos para outra candidata evangélica que entrou na corrida presidencial (Marina Silva, do PSB), ele classificou a possibilidade como "natural", mas criticou a adversária porque, segundo afirmou, ela representa o "Estado máximo" e a "socialização".
"É um momento da democracia brasileira, e hoje o Brasil tem a condição de ter dois candidatos evangélicos. A campanha tem esses momentos e retrata esses momentos. Acho isso normal. Cada um tem uma proposta, eu tenho a minha e a candidata tem as dela.
Naturalmente, o programa do partido que ela representa é um programa que representa um estado máximo, socialização e estatização da produção", afirmou.
Pinga-fogo
Ao final da entrevista, os jornalistas pediram ao candidato respostas "sim" ou "não" para perguntas num formato "pinga-fogo".
Ele respondeu "sim" para mensalidade em universidades públicas e "não" para aborto em casos de estupro; cotas raciais no governo; cotas raciais nas universidades; financiamento exclusivamente público de campanha; foro privilegiado para políticos; casamento gay;
imposto para grandes fortunas; aumento do imposto para bebidas; e taxação para igrejas.
Os próximos entrevistados da série do G1 com os presidenciáveis são os seguintes:
- 2 de setembro: Luciana Genro (PSOL)
- 3 de setembro: Marina Silva (PSB)
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