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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Comissão Pastoral da Terra cobra investigação sobre 3 execuções e cita omissão do Estado

Comissão Pastoral da Terra cobra investigação sobre 3 execuções e cita omissão do Estado
A Comissão Pastoral da Terra - composta por 19 entidades e o Movimento Sem Terra (MST) - repudiam o assassinato de três lideranças do campo, registrado no período de uma semana e apontam ainda a “omissão e conivência do Estado de Mato Grosso e a União, através dos seus órgãos competentes. Para as entidades, o Estado vivencia um estado de barbárie social.


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No último sábado, 16, no Distrito de Guariba, no município de Colniza, foram executados com tiros de pistola 9 milímetros Josias Paulino de Castro, presidente da Associação de Produtores Rurais Nova União, de 54 anos, e sua esposa, Ireni da Silva Castro, 35 anos.

Três dias antes, a sindicalista Maria Lucia, foi morta no município de União do Sul, no Assentamento Nova Conquista II, área reconhecida legalmente como terra da União. Neste caso, as ameaças foram denunciadas na Ouvidoria Agrária Nacional e foram testemunhadas, inclusive, por oficiais de justiça. O crime foi cometido dentro do assentamento.

A Comissão Pastoral da Terra cita que o casal de sindicalistas havia denunciado à Ouvidoria Agrária Nacional e ainda à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, e Instituto de Terras de Mato Grosso, Polícia Militar e Ministério Público Federal (MPF), a grave situação de conflito agrário que perpetua na região. Na denúncia, pontuaram a inoperância e o descaso do Intermat, além da grilagem de grandes áreas de terras públicas promovida por fazendeiros, extração ilegal de madeira, envolvimento de alguns políticos e ainda o suposto favorecimento a ilegalidade na região pela Polícia Militar.

Em nota, a Comissão cita que “inequivocadamente, os 03 assassinatos foram execução de lideranças que lutavam pelo direito à terra e, por isso, denunciavam a corrupção e a violência que o povo sofre, com a omissão e conivência do Estado de Mato Grosso e a União, através dos seus órgãos competentes”.

Em outro trecho do documento, a Comissão reafirma “que estes assassinatos não são fatos casuais num Estado que vem promovendo insistentemente a concentração de terra e a violência programada, para perpetuar o privilégio de uns poucos que detêm o poder político e econômico”.

A entidade ainda alerta que muitas mortes estão sendo anunciadas pelo número de ameaças que vem crescendo exponencialmente nas zonas rurais do Estado. Somente no ano de 2013, foram 27 pessoas ameaçadas no campo, 21 em 2012 e dez em 2011.Portanto, com essa estrutura e a “impunidade recorrente podemos afirmar que nos encontramos numa situação de barbárie social”.

A Comissão exige apuração imediata e julgamento dos crimes, assim como a solução dos conflitos nos quais estavam envolvidos às vítimas.

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