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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Notícias | Educação

Pesquisa e docência são foco de universidade que 'desbancou' USP

Investir na área de pesquisa, contratar mais docentes, incentivar novas formas de ensinar e aproximar o aluno do professor faz parte da filosofia da Pontifícia Universidad Católica do Chile, uma universidade particular eleita a melhor da América Latina, segundo o QS Quacquarelli Symonds University Rankings divulgado no mês de maio. O topo do ranking desde a sua criação, em 2011, era da Universidade de São Paulo (USP) que passou a ocupar o segundo lugar neste ano.


Em outro ranking, de uma instituição da Arábia Saudita divulgado nesta quarta-feira (30), a USP aparece como a universidade da América Latina mais bem avaliada de uma lista de 1.000 instituições.

Em entrevista ao G1 durante o III Encontro Internacional de Reitores realizado no Rio de Janeiro entre segunda (28) e terça-feira (29), o reitor da PUC do Chile, o médico Ignacio Sánchez, diz que o resultado é atribuído a uma política de contratar um maior número de professores e pesquisadores e investir em pesquisa. Hoje a instituição tem 3 mil professores, sendo 15% estrangeiros (dez brasileiros).

“A universidade tem tradição na qualidade de pesquisa. Agora nosso desafio é partir para uma pesquisa mais interdisciplinar em que, por exemplo, médico, engenheiro, desenhista, biólogo e químico estejam pesquisando juntos”, afirma. Segundo o reitor, a universidade vai abrir um concurso para contratar 20 professores que tenham, no mínimo, duas formações. “Queremos misturar filosofia e história ou engenharia e medicina.”

Sánchez afirma que a instituição valoriza o QS e outros rankings, mas o primordial para a universidade é seguir o caminho defendendo a missão de cada das 18 escolas. “Em primeiro lugar queremos que o estudante tenha acesso direto ao professor. É uma filosofia da universidade que os estudante desenvolva valores como pessoa, muito disso não aparece nesses rankings”, diz.

A melhor da América Latina, no entanto, também tem suas lacunas. Uma delas, segundo o reitor, é aumentar na universidade o número de alunos da rede pública de ensino que precisam ser subsidiados com bolsas de estudo. O custo anual da universidade é de US$ 8 mil por ano (o equivalente a R$ 18 mil). No último ano, dos 4.000 estudantes que ingressaram na universidade, 700 eram estudantes do ensino público. “Há 5 anos eram 80 ou 90 estudantes, o número sobe a cada ano, mas queremos que sejam mais de mil. O desafio é buscar mais recursos para chegar ao estudante muito bom, muito inteligente, mas que não tem capacidade econômica para pagar a universidade.”

Há quatro anos, a PUC do Chile implantou um sistema de apoio acadêmico para os estudantes oriundos de escolas públicas que precisam resolver deficiências em várias disciplinas ocasionadas por conta de um ensino médio deficitário. “Com esse apoio, o desempenho dos alunos de escolas públicas chega a ultrapassar os do ensino privado nos cursos.”
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