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Sábado, 20 de abril de 2024

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Plano define ações estratégicas para o enfrentamento da hanseníase

Para enfrentar a hanseníase, uma serie de ações deverão ser implementadas pelos municípios mato-grossenses. Essas ações fazem parte da versão preliminar do “Plano estratégico para enfrentamento da Hanseníase”, proposto pelo Governo do Estado, com apoio do governo federal, e apresentado nesta segunda-feira (24), durante solenidade realizada no Salão Nobre “Cloves Vettorato”, no Palácio Paiaguás. O plano tem como objetivo de mudar o cenário atual da doença em Mato Grosso e em vários municípios do estado.


Durante a solenidade que contou com a presença do governador Pedro Taques, prefeitos, parlamentares, profissionais da saúde e autoridades federais, estaduais e municipais, o ministro da Saúde, Arthur Chioro falou da preocupação do governo federal, com a erradicação da doença em todo o país e elogiou o empenho do estado.

Segundo o ministro, a estratégia para redução da hanseníase e eliminação da doença enquanto problema de saúde pública em nível nacional baseia-se no diagnóstico precoce e cura dos casos em tratamento.

“Nosso principal desafio é viabilizar o acesso da população ao diagnóstico precoce e tratamento no âmbito da atenção primária da Saúde, portanto precisamos fortalecer e ampliar as ações de busca ativa com isso potencializarmos o diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e as demais ações e medidas vigilância, controle e reabilitação”, destacou Arthur Chioro.

Presente à solenidade, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes lembrou que estão ligados a esse compromisso não somente os agentes públicos, mas todos os cidadãos. “Todos nós, agentes públicos e a população, temos que assumir esse grande desafio com determinação e isso só será possível com o apoio dos governos federal e estadual”, destacou Mauro Mendes.

O secretário de Saúde, Ary Soares lembrou que em 2014 foram notificados em Cuiabá, 145 novos casos da doença enquanto que dos casos em tratamento, envolvendo as formas menos graves e mais graves da hanseníase, uma média de 58% deles tiveram cura.

“Nosso grande desafio é a detecção precoce de novos casos e a continuidade do tratamento, daí a necessidade de fortalecermos a atenção básica promovermos a capacitação dos profissionais para suspeitarem dos sintomas e sinais”, salientou Ary Soares.

Para o secretário é também fundamental a informação à sociedade sobre sinais e sintomas da doença e de que é possível a cura. Nesse sentido é importante o auto-exame e a observação dos sinais nas pessoas a sua volta. Também é importante saber os locais onde se pode buscar o tratamento e que os medicamentos são gratuitos.

 Ações

Entre as ações a serem levadas a efeito, previstas no “Plano estratégico para enfrentamento da Hanseníase” estão  a reorganização e o fortalecimento da rede de atenção básica; capacitação técnica em serviço de atenção primária, vigilância em saúde e serviços de referência como clínica, ambulatorial, hospitalar e reabilitação, voltados para o diagnóstico, diagnostico diferencial, manejo clínico de reações hansênicas e medicamentosas, confirmação de recidiva, cirurgias preventivas e reabilitadoras;  implementação das ações de controle da hanseníase nas unidades de saúde, inclusive na  zona rural; adequação da estrutura física, de equipamentos e equipe técnica multidisciplinar da unidade de referência. .

Hanseníase

A hanseníase é uma doença infecciosa, transmissível e de evolução crônica. Entretanto, é totalmente curável e tão logo seja iniciado o tratamento deixa de ser transmissível. Por outro lado, quando diagnosticada e tratada tardiamente pode trazer graves consequências para os portadores e seus familiares, pelas lesões que os incapacitam fisicamente.

Tais lesões podem ser evitadas ou reduzidas, se os portadores de hanseníase forem diagnosticados e tratados precocemente com adequado acompanhamento nos serviços de saúde.

Números da doença

Ao contrario do que vem sendo observado no Brasil, que apresenta uma tendência de redução da taxa de prevalência, Mato Grosso apresentou aumento, onde a doença já é considerada endêmica.

Em 2005 a taxa foi de 8,7 casos/10 mil habitantes para 13,6 casos/10 mil habitantes em 2014, demonstrando que o Estado está longe de atingir a meta de eliminação estabelecida, de um caso para 10 mil habitantes.

Dentre as regiões de saúde mais fortemente acometidas pela Hanseníase  destacam-se em número de casos as regiões da Baixada Cuiabana, Rondonópolis, Sinop, Alta Floresta e Peixoto de Azevedo.

Numa análise da notificação dos casos por município, destacam-se Cuiabá (11,9%), Várzea Grande (7,3%), Alta Floresta (6,9%), Juína (5,1%), Rondonópolis (4,1%), Guarantã do Norte (4,1%), Sorriso (3,5%), Tangará da Serra (2,8%), Sinop (2,8%) e Barra do Garças (2,6%), sendo que estes 10 municípios somados representam 51,17% do total de casos novos do estado.
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