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Sábado, 20 de abril de 2024

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Polícia de Nova York identifica policiais assassinados por atirador

O Departamento de Polícia de Nova York, nos Estados Unidos, divulgou na madrugada deste domingo (21) a identidade e imagens dos dois policiais assassinados no Brooklyn na noite de sábado (20). Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), as vítimas são Rafael Ramos e Wenjian Liu. O suspeito é Ismaaiyl Brinsley, um homem de 28 anos que, depois de atirar nos policiais, fugiu até uma estação do metrô e se suicidou, segundo a polícia.


Autoridades envolvidas no caso afirmaram que Brinsley usou redes sociais para postar ameaças genéricas contra a polícia americana, dando a entender que o motivo do crime seriam as mortes dos jovens Eric Garner, em Staten Island, e Michael Brown, em Ferguson.

A AP afirmou que essa é a primeira vez que um policial de Nova York morre baleado em três anos. Em dezembro de 2011, Peter Figoski, que atuou como policial durante 22 anos, foi baleado quando respondia a uma denúncia de invasão em um apartamento também no Brooklyn. Na época, o homem acusado de matá-lo foi condenado a pelo menos 45 anos de prisão.

Perfil dos policiais
Rafael Ramos tinha 40 anos, era casado, tinha um filho de 13 anos e trabalhava no Departamento de Polícia de Nova York desde 2012. "Ele era um homem incrível", afirmou à AP Rosie Orengo, amiga de Ramos. "Ele era o melhor pai e marido e amigo. Nossa paz está em saber que ele está OK, vamos vê-lo no céu."
William Bratton, oficial do alto escalão da polícia, afirmou que Wenjian Liu era policial havia sete anos e se casou há dois meses. Ele tinha 32 anos, segundo a agência Reuters.

De acordo com as autoridades, o atirador era negro, enquanto Ramos era hispânico e Liu, asiático.

Dois ataques em um dia
Na madrugada deste domingo, a polícia também divulgou uma imagem do revólver que teria sido usado para matar os dois oficiais. Segundo as autoridades, Brinsley tinha uma série de registros de detenções por várias acusações no estado da Georgia, incluindo roubo, furto e porte ilegal de arma.

Antes do ataque no Brooklyn, o atirador teria ido à casa de uma ex-namorada perto da cidade de Baltimore, no estado de Maryland. Ele atirou e feriu a mulher, e depois seguiu até Nova York – a viagem entre as duas cidades dura cerca de três horas e meia.

Policiais de Baltimore que investigavam o primeiro ataque chegaram a encontrar ameaças que Brinsley postou nas redes sociais contra policiais de Nova York, mas o alerta só chegou à polícia de Nova York pouco antes de ele abrir fogo contra Ramos e Liu.

Postagem em rede social
A polícia de Nova York vem enfrentando pressão nas últimas semanas, com protestos sendo realizados depois que um júri negou acusar um oficial envolvido na morte por estrangulamento de Eric Garner durante tentativa de detenção em Staten Island.

Uma postagem de perfil atribuído a Brinsley no Instagram, que é veiculada pela mídia local, sugere que o crime pode ter ligação com a morte de Garner. A foto de uma arma é acompanhada pela legenda "Eles levaram um de nós... Vamos levar dois deles" e de hashtags com os nomes de Eric Garner e Michael Brown, jovem negro que foi morto por um policial em agosto na cidade de Ferguson.

O Instagram disse que a conta atribuída a Brinsley foi apagada.

Obama
O presidente Barack Obama, que está no Havaí, em férias, disse em um comunicado que condena o ataque e que os policiais merecem respeito e gratidão a cada dia.

"Os oficiais que servem e protegem nossas comunidades arriscam sua própria segurança por nós todo dia, e eles merecem nosso respeito e gratidão todo dia. Nesta novo, peço que as pessoas rejeitem a violência e palavras que ferem, e se voltem às palavras que curam – oração, diálogo paciente e simpatia pelos amigos e pela família das vítimas", disse ele.
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