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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Policiais não pensam, diz advogada presa após agressão contra alunos

“Os policiais são treinados apenas fisicamente, não mentalmente. Eles não pensam.” Assim resumiu a advogada Ioni Ferreira Castro, durante coletiva de imprensa no auditório da Associação dos Docentes da UFMT, na manhã desta...

Foto: Jardel P. Arruda - OD

Advogada Ioni Ferreira conversa com o presidente da Adufmat

Advogada Ioni Ferreira conversa com o presidente da Adufmat

“Os policiais são treinados apenas fisicamente, não mentalmente. Eles não pensam.” Assim resumiu a advogada Ioni Ferreira Castro, durante coletiva de imprensa no auditório da Associação dos Docentes da UFMT, na manhã desta quinta-feira (7), sobre a atuação dos policiais militares na ação que resultou na prisão de seis alunos e agressão de 10, além da detenção dela mesma e de outro jurista.


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Ioni foi detida acusada de desacato a autoridade e lesão ao patrimônio público por supostamente ter quebrado a porta da sala onde a Polícia Militar lavra os boletins de ocorrência no Cisc Planalto. Em seguida, o advogado Marco Antonio, um criminalista que estava no local também foi detido pelo mesmo motivo.

Contudo, o delegado Richard Damasceno, plantonista que atendeu a ocorrência, entendeu o caso de uma forma bem diferente dos policiais militares e liberou os dois advogados sem ratificar nenhuma acusação. “Eu não consigo acreditar que a advogada, até pelo porte físico dela, tenha quebrado aquela porta”, disse o delegado, em entrevista ao Olhar Direto.

Na coletiva, Ioni contou que tentou entrar na sala da PM para resguardar a integridade física dos alunos, pois ela ouviu os policiais fazerem ameaças verbais aos jovens. Contudo, os policiais não permitiram a entrada dela e ainda teriam começado a agredi - lá verbalmente.

“Ele mandou eu calar a boca e falou que advogado ali não mandava merda nenhuma. Então ele tentou fechar a porta em mim e eu coloquei o pé para não deixar bater. A porta começou a quebrar, aí ele me puxou para dentro, eu caí em cima da mesa, e ele mandou eu ficar quieta que estava presa por desacato e lesão corporal”, contou.

Depois, o advogado Marco Antonio, que estava no local atendendo outro cliente, tentou interferir para ajudar a colega, na condição de representante da OAB. Acabou que o mesmo policial repetiu o ritual de bater a porta, acabando de a quebrar, e então prendeu também o outro advogado. “Ele quebrou a porta e falou que fomos nós”, disse a advogada antes de ser interrompida por um acesso de risos de todo o auditório.
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