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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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gangue dos grã-finos

Político e advogados seriam braços de quadrilha que grila terras em MT

Foto: Victor Cabral/OD

Político e advogados seriam braços de quadrilha que grila terras em MT
A quadrilha envolvida em um esquema de grilagem de terras em Cuiabá denunciada pelo Olhar Direto (veja aqui) tem a participação de políticos, funcionários de alto escalão da Prefeitura de Cuiabá e advogados, que dão o suporte jurídico nas operações.


De acordo com vítimas do esquema, os grileiros usam influência na prefeitura para tentar autenticar áreas invadidas. “Eles projetavam os registros de outros imóveis para áreas invadidas”, diz um afetado pelo esquema.

O grupo é formado por jovens da elite cuiabana e tem atuado em áreas rurais e no entorno do perímetro urbano da Capital. De acordo com o que apurou o Olhar Direto, funcionários de dois cartórios também são parte do esquema.

“De uma hora para outra, entraram no terreno da minha família”, conta uma das vítimas. “É um esquema que tem advogados e a participação de servidores da prefeitura”, denuncia o dono de um dos terrenos.

"São todos jovens da classe alta, seguramente, pois têm até carros de luxo e ostentam nos principais bares da cidade", relatou uma das fontes ouvidas pelo Olhar Direto. Um oficial que ajudou nas investigações do grupo ressalta que, de fato, trata-se de uma formação de quadrilha, porque as ações e as invasões foram "pensadas, planejadas".

No total, de acordo com uma das fontes, a "gangue dos grã-finos" já teria grilado ao menos sete áreas em Cuiabá, inclusive com "fabricação de escrituras e títulos definitivos de posse".

"Eles [os membros da suposta quadrilha] usaram o título definitivo (número 22996) de uma área de 235 hectares, localizada na divisa dos municípios de Cuiabá e Chapada [dos Guimarães], para esquentar títulos de outras áreas em Cuiabá. Por isso vamos levar a denúncia ao Ministério Público Estadual ainda neste semana", denuncia um morador da área.

As "matrículas esquentadas" teriam sido fabricadas por funcionários de dois cartórios, cujos nomes também estão sendo mantidos em sigilo para não atrapalhar na investigação.

"Para garantir o direito às áreas, o grupo chegou a entrar com ações de reintegração de posse e de interdito proibitório, após títulos serem esquentados nos cartórios de forma criminosa", acrescentou uma das vítimas, que teve a área invadida em meados do ano passado.



Atualizada

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