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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Notícias | Educação

'Precisamos rever o ensino médio', diz ministro da Educação sobre Ideb

Henrique Paim diz que política para o ensino médio é mais recente.

Para ele, nível ficou muito tempo sem condições básica de funcionamento,

O ministro da Educação, Henrique Paim, afirmou nesta sexta-feira (5) que o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2013 para o ensino médio reflete o fato de que as políticas voltadas a esse nível de ensino são mais recentes do que as relativas aos anos iniciais e finais do ensino fundamental. "É mais recente do que o esforço que fizemos nos anos iniciais e nos anos finais, ao longo desses anos o que conseguimos fazer no ensino médio foi criar condições báscias de funcionamento do ensino médio", disse ele, em entrevista coletiva. "A maioria dos educadores sabe que precisamos rever o ensino médio."

Segundo os dados divulgados nesta sexta, o Ideb 2013 para o ensino médio em 2013 foi de 3,7, o mesmo que em 2011 e abaixo da meta, de 3,9.

Para Paim, a expectativa era que a melhoria dos anos iniciais do ensino fundamental impactariam positivamente nos anos finais e no ensino médio. "A partir da melhoria dos anos iniciais, teríamos uma onda e teria uma alteração importante nos anos finais e no ensino médio. O que estamos vendo é que essa onda acaba chegando, mas não no ritmo necessário, o impacto dessa onda é mais reduzido", explicou ele.

"Isso faz também com que haja uma reflexão em torno dessa situação. Essa reflexão está concentrada nas questões estruturais. Em primeiro lugar, a gestão dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio é uma gestão mais complexa. Gerir anos finais do ensino fundamental e do ensino médio é uma coisa mais complexa. A escola é maior, tem maior quantidade de professores, nem sempre o professor da aula só naquela escola, isso gera
uma complexidade maior na parte da gestão."

Francisco Soares, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), explicou a razão pela qual o Ideb do ensino médio permaneceu no patamar de 3,7 entre 2011 e 2013. “A taxa de desistência, de abandono, é grande, mas está diminuindo. O Ideb [em relação a 2011] fica estável. Por que ele ficou estável? Porque eu melhorei um componente. O componente de rendimento."

Propostas de solução

Paim listou uma série de argumentos para justificar os resultados atuais do Ideb para o ensino médio e os esforços que o governo federal tem feito para recuperar o prejuízo. Entre esses esforços estão a formação de professores e o avanço de programas de transporte escolar, de livros didáticos, de financiamento e de investimento em infra-estrutura. Segundo ele, boa parte desses programas só começaram a se consolidar em 2011.

"O ensino médio se tornou pleno no Fundeb [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica] com complementação da União somente a partir de 2011. Criamos um padrão de financiamento para a educação básica que incluísse o ensino médio, tivemos inclusão [do ensino médio] mais recente, de condições de financiamento e assistência, muito recentemente. Idso com certeza acaba impactando."

No caso dos professores, Paim lembrou que 250 mil professores da rede pública no Brasil estão atualmente cursando o ensino superior, mas afirmou que o impacto dessa formação em qualidade no ensino dos alunos não é imeditado.

"Você tem um prazo de quatro anos para formar um professor, então são resultados que vão acontecer com mais prazo, com mais tempo."
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