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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Brasil

Preço da água dispara no comércio de Itu e provoca até furtos

Em Itu (SP), galões, copinhos, garrafas ou caminhões pipa. Não importa de onde venha, mas o preço da água disparou na cidade com o racionamento imposto há quase nove meses. E a situação provoca casos absurdos como o furto de água da caixa de uma comerciante.


Nas empresas, o telefone não para de tocar. São consumidores querendo fazer pedidos de água. Na rua, a equipe de entrega vai para todos os bairros. Com tantos pedidos, os preços foram reajustados. O fardo com 12 garrafinhas d'água foi de R$ 8 para R$ 8,50. A caixa com 48 copos de água de 300 ml cada passou de R$ 17 para R$ 18. E o galão de 20 litros que custava R$ 6, subiu para R$ 8. "Teve também o reajuste da matéria prima do galão. Agora, a água pela coreria, pela procura, teve mesmo uma alta", justifica a comerciante Márcia Cristina Duarte.

Os galões de 20 litros são os mais vendidos. Em época de calor a dona da distribuidora conta que vendia em torno de 250 por dia. Hoje, a média subiu para 450, mas ela já chegou a vender até 520. Entre as clientes está a estudante Anaílde Fernandes Pessoa, que tem comprado dois galões por dia. Com um problema no ombro e sem carro, ela se vê obrigada a gastar porque não consegue carregar peso indo buscar em outros pontos da cidade. Anaílde mora na Ozório Florêncio D'ellboux, no Jardim Aeroporto e conta que o caminhão pipa nunca foi até a rua dela. "São dois galões que a gente tem que comprar porque tem o banho e, sem o banho não dá para ficar", conta.

Sem poder acumular sujeira, a dona de uma padaria tem gastado R$ 800 por semana com pratos, talheres e copos descartáveis. Para encher as caixas d'água, é preciso chamar o caminhão pipa que, até a semana passada custava R$ 350 por 6 mil litros. O preço agora foi para R$ 800 e só chega por meio de encomenda antecipada. "O prejuízo para mim está sendo enorme. Eu tenho mais custos aqui dentro com copos e pratos descartáveis, fora o prejúzo de pessoas que vêm aqui, quer usar o sanitário e eu não tenho como oferecer o sanitário. Isso prejudica bastante", reclama a comerciante Melissa dos Santos Pinto.

O banheiro da padaria está interditado por não haver condição de manter a higiene necessária e a consequência da falta de água é a queda de 30% no movimento. O pior de tudo é que esta semana a comerciante teve 6 mil litros de água furtados os reservatórios que mantém. "Deu desespero e foi quando eu achei que teria que fechar a padaria na segunda-feira porque não tinha água para abrir. Sorte minha que eu achei um caminhão para abastecer, daí eu deixei a padaria aberta. Mas foi um desespero", lembra.
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