As prefeituras de Goiás, na divisa com Mato Grosso, estão recorrendo a Justiça evitar o corte de energia que foi determinado pela concessionária de energia, Celg, após constatar uma dívida de R$ 350 milhões. As prefeituras de Mairipotaba, Nazário, Nova Roma, Palmelo e Vicentinópolis ingressaram com mandado de segurança para terem a energia religada.
A determinação pegava também o município de Aragarças, na divisa com Mato Grosso. O prefeito Léo Leão informou que a energia da prefeitura não foi cortada e que já acionou a Justiça para evitar o possível corte. É que o município aragarcense também está na relação dos inadimplentes com uma dívida de R$ 4,5 milhões.
Léo disse que essa dívida é referente ao período que Marcos Antônio de Oliveira, o Marcão (PT), foi prefeito de 2009 a 2012 e resto a pagar da época de José Elias. “Essa dívida virou uma bola de neve que hoje é praticamente impagável. E não é só Aragarças que está nesta situação”, comentou ao se referir as 51 prefeituras inadimplentes.
As prefeituras pararam de pagar até mesmo conta dos prédios públicos depois que surgiu a polêmica sobre a competência sobre a cobrança de iluminação pública. De acordo com a Celg, a dívida está em torno de R$350 milhões. A Justiça determinou a religação de energia das prefeituras de Uruaçu, Nova Roma e Guapó. A empresa também ficou proibida de cortar a energia em Trindade. Mesmo assim, até a manhã de quarta-feira seis prefeituras estavam sem energia.
A Celg disse que os cortes são nos prédios da prefeitura com exceção a postos de saúde e hospital. O prefeito de Aragarças está a caminho de Goiânia para se reunir com outros prefeitos e buscar uma solução do impasse junto ao Governo do Estado.