O pastor evangélico Valto dos Reis Mandinga, 43 anos, é o principal suspeito de ter assassinado a ex-namorada Simone Feitosa, 37 anos, e a filha dela, Aline Feitosa, de 16. Mandinga nega o crime e para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) a motivação ainda será desvendada.  As duas desapareceram em 28 de setembro no Centro de Cuiabá e no dia  seguinte os supostos corpos de mãe e filha foram achados carbonizados na periferia de Várzea Grande. Familiares fizeram reconhecimento, mas só a perícia será conclusiva. 
 
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Valto supostamente teria usado o veículo de sua propriedade, um Peugeot 93/94 (preto) para ‘desovar’ os corpos de mãe e filha em um terreno na região do bairro Nova Fronteira, na periferia da cidade de Várzea Grande. Ele confirmou ter namorado Simone por  cerca 45 dias em 2014 e argumentou que o relacionamento teria sido encerrado por influência da família dela. Antes de ser assassinada, Simone preparava-se para ser casar com um novo companheiro.
 
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Geraldo Gezzoni, da DHPP, uma testemunha relatou que na noite de 28 de setembro viu quando um carro escuro (e modelo antigo) retirou ‘sacos’ do porta malas e na sequência ouviu uma explosão. Como no local era escuro, ele não pode fotograr o veículo, mas denunciou a polícia o caso e na manhã seguinte os restos mortais foram encontrados. Para 'dar fim' aos cadáveres pneus foram empregados ajudar na combustão. 


(Foto: Divulgação)
 
No decorrer das investigações, segundo o delegado, a Polícia checou os hábitos de Simone. Como era moradora de Poconé  e fazia um curso técnico na capital ela empregava os serviços de uma van diariamente.
A proprietária da van contou que  Simone, em algumas ocasiões pediu para ser deixada em uma casa no bairro Jardim Imperial, na periferia de Várzea Grande. Em uma desses episódios, na sexta-teira anterior a segunda-feira do crime, Simone teria  pago uma rodada de refrigerantes para os demais passageiros após ter recebido um montante de dinheiro de quem morava naquela residência. 
 
A polícia então pediu para a proprietária da van os levar até essa casa, aonde localizaram um carro com a mesma descrição apresentada pela testemunha. A casa em questão é do pastor Valto. Com essas informações, o delegado solicitou a prisão temporária do suspeito, que foi preso na própria delegacia ao ser chamado para prestar esclarecimentos sobre outro homicídio, acontecido em agosto deste ano, do qual foi testemunha.


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O  veículo de Valto será periciado, mas os policiais já constaram que ele está sem nenhum elemento de proteção (tapetes) o que pode representar que corpos tenham sido carregados ali.  No entanto, somente peritos criminais é que poderão confirmar se existe material biológico no interior do mesmo. Aos policiais,  disse que há última vez que manteve contato com Simone foi há 30 dias. 

O suspeito afirmou que no dia do crime prestava assistência social a uma família no bairro São Mateus (em Várzea Grande) no dia do crime. Ele foi preso na sede da DHPP, em Cuiabá, após ser chamado para prestar depoimento sobre um assassinato registrado em 2 de agosto no bairro Jardim Imperial. Ele foi arrolado como testemunha. 
 
A DHPP ainda busca esclarecer onde o crime aconteceu. A polícia revelou que um dos crânios, de acordo com perícia criminal, apresentava inúmeras fraturas. Os corpos das vítimas permanecem no Instituto Médico Legal (IML) a espera de comprovação de identificação por meio de exame de DNA.