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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Privilegiando conceitos sustentáveis, metrô terá estações ‘verdes’ na Barra e em São Conrado

Enquanto as obras da Linha 4 do metrô avançam para ser entregues antes dos Jogos Olímpicos, os projetos de construção das estações de São Conrado e Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, também já foram definidos, na semana passada, pelo consórcio construtor Rio Barra (CCRB), privilegiando, segundo a empresa, conceitos sustentáveis. Em São Conrado, por exemplo, os acessos de passageiros, na Estrada da Gávea, em frente a um supermercado e próximo à favela da Rocinha, vão ganhar claraboias, de 16 metros de diâmetro cada, sobre as áreas das bilheterias e catracas. Pelo teto envidraçado, a luz solar poderá iluminar o espaço a 16 metros de altura.


A futura estação no Jardim Oceânico também terá o conceito “verde”, com a área externa integrada ao novo desenho paisagístico da região. De acordo com o projeto, haverá um canteiro central na Avenida Armando Lombardi, que cobrirá toda a extensão da estação do Jardim Oceânico. No trecho em frente a uma clínica, haverá uma elevação, no formato de onda, com cinco metros de altura, 68 de comprimento e 12 de largura, com janelas de vidro e fendas nas laterais, que permitirão a passagem do ar para dentro da estação. O teto verde terá grama e plantas.

— A ideia inicial para a estação do Jardim Oceânico, que ficará no meio da Avenida Armando Lombardi, era se construir uma pirâmide, como no Museu do Louvre, em Paris. Mas acabamos optando por uma estrutura mais simples. O importante é que, assim como a pirâmide do museu francês, toda a estrutura lateral será em vidro, privilegiando a luz natural. No nosso caso, a estação também terá abertura de ar. Em São Conrado, foi possível instalar claraboias para aproveitar a luz do dia — explica o arquiteto Heitor Lopes de Sousa Jr., diretor de Engenharia da RioTrilhos, autor da ideia.

MENOS LÂMPADAS ACESAS

Para o arquiteto, a construção permitirá economia de energia elétrica, já que menos luzes vão ficar acesas durante o dia. Além disso, a ventilação no interior das estações não precisará ser tão potente.

— Ainda não há cálculo que mostre a redução, mas a economia será significativa. Em dias de muito sol, não será necessário ter sequer luzes acesas, tanto em São Conrado, como na Barra. No Jardim Oceânico, onde haverá entradas de ar, os ventiladores poderão ser menores que nas outras estações. A sensação de confinamento será bastante amenizada. O teto elevado permite que a luz natural penetre no interior e estabeleça uma integração com o ambiente externo — acrescenta ele.

Segundo o consórcio, desde o início das obras, cerca de 196 milhões de litros de água foram tratados e reaproveitados (o que daria para abastecer mais de 18 mil casas por um mês). Além da água, todo o resíduo de óleo usado das obras tem destinação ambientalmente adequada. Entre maio de 2010 e julho de 2014, a Linha 4 destinou à reutilização mais de 45,3 mil litros de óleos lubrificante e vegetal.

O especialista em soluções sustentáveis, Chicko Souza, diz que cada vez mais as novas construções privilegiam conceitos de sustentabilidade porque, a longo prazo, o retorno financeiro é maior:

— A percepção de adaptar projetos para atender padrões de sustentabilidade está prevalecendo. A obra é mais cara do que uma tradicional, mas há retorno, pois é possível reutilizar materiais durante a construção, e o custo de manutenção fica menor.
IMÓVEIS EM ALTA PERTO DAS GARES

Os moradores de Ipanema e Leblon ainda estão suportando transtornos com as obras, mas já é possível perceber os benefícios que o metrô trará à região, por meio da valorização dos imóveis situados perto de onde ficarão as estações. Pesquisa inédita do Sindicato de Habitação do Rio de Janeiro (Secovi) mostra que ruas próximas às estações tiveram valorização do metro quadrado bem superior à média dos próprios bairros e do mercado em geral.

Enquanto o metro quadrado no Leblon e em Ipanema subiu em média 6%, perto das futuras estações a valorização foi forte: na comparação entre agosto passado e o mesmo mês em 2014, os imóveis nas ruas próximas à Praça Antero de Quental valorizaram 16,6% (de R$ 19.517 para R$ 22.747, o metro quadrado). No Jardim de Alah, o metro quadrado saltou de R$ 18.393 para R$ 20.822 (13,2%). Na Praça Nossa Senhora da Paz, a valorização foi de 12% ( de R$ 24.430 para R$ 27.371).
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