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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Promotoria pede a prisão do capitão de barco naufragado na Coreia do Sul

A promotoria da Coreia do Sul pediu nesta sexta-feira (16) a prisão do capitão e dois membros da tripulação da balsa 'Sewol', que naufragou na quarta-feira (16), por supostamente terem abandonado o barco ser assegurar a segurança dos passageiros, segundo a Agência EFE.


Os promotores acreditam que tanto o capitão, Lee Jun-seok, como os dois tripulantes infringiram a lei ao serem evacuados no início do resgate, sem levar em conta a segurança da maioria dos 475 passageiros a bordo.

A balsa que saiu de Incheon em direção à ilha Jeju naufragou na manhã desta quarta-feira (16) na Coreia do Sul com 475 passageiros a bordo, a maioria estudantes. Até agora, o número de mortos chega a 28, além de Kang. Mais de 200 pessoas ainda seguem desaparecidas. Outras 179 foram resgatadas.

Um suboficial, e não o capitão, pilotava a balsa no momento da tragédia em águas sul-coreanas há dois dias, informou a Justiça nesta sexta-feira (hora local).

"Era o terceiro-tenente que estava no comando no momento do acidente", declarou o procurador-geral Park Jae-eok, em entrevista coletiva. "O capitão não estava no leme", revelou.

Violentamente criticado pelas famílias dos desaparecidos por abandonar a embarcação quando centenas de passageiros estavam presos, o capitão Lee Joon-seok estava na 'na popa', acrescentou o procurador.

As causas do acidente ainda são desconhecidas. Vários passageiros disseram ter ouvido um forte ruído, quando a balsa parou de repente. Isso pode significar que o barco encalhou, batendo no fundo, ou que se chocou contra algum objeto submerso.

Alguns especialistas também sugerem que a carga do 'ferry', que transportava 150 veículos, tenha se deslocado e desequilibrado a balsa. O capitão garantiu que não bateu em rocha alguma.

Cercado pela imprensa na sede da Guarda Costeira, ele pediu desculpas na quinta-feira. "'Sinto muito, de verdade, pelos passageiros, pelas vítimas e pelas famílias", declarou.

Vice-diretor se suicida

O vice-diretor da escola sul-coreana Danwon, que acompanhava os alunos do ensino médio na viagem de no barco que naufragou cometeu suicídio, disse a polícia nesta sexta-feira (18). Kang Min-Gyu, de 52 anos, foi encontrado morto enforcado pelo cinto em uma árvore que fica do lado de fora do ginásio da cidade portuária de Jindo, onde parentes dos alunos desaparecidos estão reunidos.

A polícia disse que Kang não deixou uma nota de suicídio e que eles começaram a procurá-lo depois que ele foi dado como desaparecido por um professor. Ele havia sido resgatado da balsa naufragada.

Mergulhadores estão lutando marés fortes e águas turvas para chegar ao navio afundado, mas a probabilidade de encontrar algum sobrevivente é mínima.

Na escola de Ansan, uma cidade industrial perto de Seul , muitos amigos e familiares de desaparecidos reuniram-se em silêncio sombrio.

"Quando eu soube do acidente ainda tinha esperança", disse Cho Kyung-mi, que espera por notícias de seu sobrinho de 16 anos. "Agora está tudo acabado."

Nas salas de aula dos desaparecidos, os colegas não deixaram mensagens em mesas, quadros e janelas, pedindo o retorno seguro de seus amigos desaparecidos.

"Se eu te ver de novo, vou te dizer que eu te amo, porque eu não disse a você o suficiente", diz uma das mensagens.

As investigações sobre o naufrágio, o pior acidente marítimo da Coreia do Sul em 21 anos com base em possíveis vítimas, têm-se centrado sobre a possível negligência da tripulação, problemas com a estiva da carga e defeitos estruturais do navio, embora a embarcação tenha passado todas as suas verificações de segurança e de seguros.
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