A segunda era Rodrigo Caetano no Vasco está próxima do fim. Depois de três anos entre 2009 e 2011, mais 11 meses em 2014, o diretor de futebol deixa São Januário após a partida contra o Avaí, em Florianópolis. A definição saiu da reunião da tarde dessa quarta-feira no clube, a primeira de transição entre a diretoria de Eurico Miranda e de Roberto Dinamite.
Outro executivo, Cristiano Koehler, diretor geral do Vasco, também está de saída. Ele vai ajudar na transição entre as diretorias, mas dificilmente permanece em São Januário em 2015.
No encontro que entrou pela noite de quarta-feira - após reunião com a diretoria de Dinamite, os pares de Eurico emendaram outra conversa em São Januário -, que teve a presença do vice-presidente geral Antônio Peralta, de Ercolino de Luca, vice de futebol, e Jayme Lisboa Alves, de finanças, Eurico lembrou que vai adotar um corte de custos dos altos salários para diminuir os gastos em São Januário. Com remunerações na faixa de R$ 60 mil, no caso de Koehler, que reduziu pela metade o salário após a queda para a Série B, e cerca de R$ 120 mil de Caetano, o novo presidente alegou que teria dificuldade para honrar com o pagamento dos dois profissionais e lembrou que precisava adotar outro modelo, com mais diretores amadores, que não são remunerados, do que executivos profissionais, com salários de mercado.
Rodrigo Caetano chegou a conversar antes do encontro com José Luis Moreira, novo vice de futebol, para quem passou a maior parte das informações do departamento. Para o seu lugar, hoje há três nomes: Anderson Barros, hoje no Coritiba, Paulo Angioni, que está no Fluminense, e Isaías Tinoco, que está sem clube.
Joel também deve sair
Cristiano Koehler, que esteve no Vasco entre 2010 e 2011, vai auxiliar a equipe de Eurico na transição. Entre as prioridades estão a obtenção de um novo empréstimo para quitar impostos, conseguir as certidões e renovar com a Caixa Econômica Federal, e o pagamento de salários atrasados - hoje, aberto em um mês. Rodrigo tem interesse declarado do Palmeiras e aguarda a definição de outra eleição, esta em São Paulo. Os candidatos concorrentes do time paulista já disseram que pretendem contar com o diretor na Academia em 2015.
Os altos salários também devem inviabilizar outras permanências, como a do próprio treinador Joel Santana. O técnico ganha cerca de R$ 200 mil, e a nova direção pretende reduzir a metade os gastos mensais com treinador.
