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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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SP: professora é presa acusada de agredir pai com Alzheimer

Uma professora de 38 anos foi presa nesta quarta-feira acusada de agredir o pai, portador de Alzheimer, na cidade de Araçatuba, no interior de São Paulo. Eliane Rodrigues de Oliveira negou a acusação e disse que estava apenas socorrendo o aposentado Edval Francisco de Oliveira, de 62 anos, depois que ele tentou fugir. Ela afirmou ainda que a Polícia Civil se recusou a ouvir sua versão e agiu com truculência durante a ocorrência.


De acordo com Boletim de Ocorrência registrado no 3º Distrito Policial, a professora foi presa em flagrante por lesões corporais após ser surpreendida por uma vizinha quando batia a cabeça do pai contra uma parede na casa da família no jardim Primavera, região leste da cidade. Andreia Veruska de Oliveira Souza, de 29 anos, trabalha em uma serralheria da vizinhança e passava no local no momento do crime.

Ainda segundo o BO, o aposentado fugiu da filha e foi à serralheria, onde pediu para ser levado à casa da mãe. Devido à doença, não se recordava que a mesma já havia falecido. Ao procurá-lo no escritório, Eliane entrou em discussão com Andreia.

Chamados pelo serviço do Copom, os PMs detiveram a professora, que foi levada ao DP e presa em flagrante. Depois de arbitrada fiança de R$ 2 mil e aberto boletim de ocorrência de violência doméstica, ela foi colocada em liberdade.

Segundo o delegado Antonio Humberto Macedo Magnani, um inquérito foi aberto para apurar crime de violência doméstica, previsto no artigo 129, parágrafo nono do Código Penal, o qual estabelece pena de três meses a três anos para quem ofender a integridade física de “ascendente, descendente, irmão, conjugue ou companheiro, ou com quem conviva ou convivia, ou ainda prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade”.

“As partes já foram ouvidas e em cinco dias devemos concluir o inquérito, que será remetido à Justiça”, disse o delegado, que se recusou a dar maiores detalhes do caso. "Tudo o que aconteceu está no Boletim de Ocorrência", completou.

No entanto, de acordo com a professora, ele não quis ouvi-la, nem aceitar os R$ 2 mil para soltá-la. “A polícia não quis me ouvir, fiquei presa das 10h às 18h30 e minha família teve de pagar a fiança no fórum porque o delegado não quis aceitar. Ele chegou a dizer que eu deveria passar pelo menos um dia na cadeia”, contou.

Eliane ainda se defendeu das acusações. “Se eu bati a cabeça de meu pai contra a parede porque o laudo não apontou nenhuma lesão? E se eu represento perigo para meu pai, porque deixaram ele comigo?”, questionou. “Quem tem parentes com Alzheimer sabe do que estou falando. Meu pai já tinha fugido e ficado desaparecido por 48 horas depois de pular um muro (...). A vizinhança toda sabe o tanto que empenho para cuidar dele”, finalizou.
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