Aliados em 2002 e 2006 e adversários em 2010 e 14, o governador Silval Barbosa (PMDB) cobrou que seja respeitada a “decisão de foro íntimo” do ex-governador e senador Jayme Veríssimo de Campos (DEM), que deixou a disputa pela reeleição, na noite desta segunda-feira (21/07), após mais de três semanas de turbulência interna na coligação ‘Coragem e Atitude para Mudar’, encabeçada pelo candidato José Pedro Taques (PDT).

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“Trata-se de uma decisão que por certo lhe custou muito caro e, também, à sua família. Então, como trata-se de assunto de foro intimo e deve ser respeitado como tal”, afirmou Barbosa, após participar da cerimônia de posse da Comissão de Trabalhadores da Construção de Mato Grosso, no canteiro de obras do Residencial Chapada do Horizonte, em Várzea Grande.

Silval Barbosa enalteceu a história política de Jayme Campos, que foi governador (1991-94) quando ele era prefeito de Matupá (1989-92). “Sempre tivemos um tratamento de cordialidade e respeito”, observou Barbosa. Ele não quis avaliar uma suposta vantagem para o deputado federal Wellington Fagundes (PR), candidato ao Senado pela coligação ‘Amor à Nossa Gente’, com a saída do líder nas pesquisas de opinião pública sobre tendência do eleitorado.

Rival de Várzea Grande

Rival da família Campos, tendo derrotado a ex-primeira-dama Lucimar Sacre de Campos em acirrada disputa pela Prefeitura de Várzea Grane, em outubro de 2012, o prefeito Walace Guimarães (PMDB) classificou a desistência de Jayme Campos como “profundamente lamentável para o processo eleitoral e a vida pública de Mato Grosso”.

“É questão de foro íntimo e somente ele pode responder [os motivos]. Mas demonstra claramente a falta de unidade do lado de lá [da oposição]”, argumentou Guimarães, anfitrião do evento, para a reportagem do Olhar Direto.

Para Walace, a política é dinâmica e não dá para dizer que a eleição ficou fácil ou menos difícil, para Wellington Fagundes. “Quem imaginaria que Jayme iria desistir? Mas serve de alerta para Wellington e seus seguidores, para saberem que não existe eleição fácil”, completou Guimarães.