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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Crimes trabalhistas

Sindicato denuncia frigorífico JBS/Friboi por assédio e trabalho escravo

Foto: Ilustração

Sindicato denuncia frigorífico JBS/Friboi por assédio e trabalho escravo
O frigorífico JBS/Friboi de Alta Floresta, Colíder e Matupá foi denunciado ao Ministério Público do Trabalho por más condições de trabalhos. A empresa também é acusada de não cumprir normas trabalhistas nem de prevenção a doenças.


Funcionários doentes e acidentados são obrigados pelo frigorífico a trabalharem com dores, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Laticínios do Portal da Amazônia (Sintracal).

A denuncia foi protocolada pelo Sindicato no Ministério Público do Trabalho de Alta Floresta (812 km de Cuiabá). De acordo com a denúncia, nos frigoríficos da região, os trabalhadores são submetidos a condições análogas ao trabalho escravo, onde até o acesso à água e aos sanitários é escasso e controlado.

“Os frigoríficos em nossa região, de maneira geral, se transformaram em fábricas de moer gente, com a complacência e a omissão do Estado”, conforme conta no documento apresentado ao Ministério Público do Trabalho.

O Sindicato alega que não há equipamentos de proteção suficiente para todos os funcionários. Com isso, os trabalhadores estariam tento contato com sangue e vísceras dos animais. A entidade ainda alega que a fiscalização dos órgãos competentes é cerceada pelo frigorífico.

Jornada excessiva

Os funcionários da JBS/Friboi são constantemente submetidos a sobrejornadas diárias de duas horas seguidas, com o agravante de estarem em áreas de risco e insalubres e obrigados a venderem os dias de abono de férias, conforme informou a assessoria de imprensa.

Assédio moral

Caso esteja doente e entregue atestado médico, o funcionário da JBS/Friboi não recebe abono por produção nem cesta básica e tem descontado de seu salário o transporte e a alimentação referentes ao período de ausência, prática que foi denunciada como assédio moral.

Falsificação

Outra denúncia apresentada, segundo a assessoria de imprensa do Sintracal, é a falta de agasalho para funcionários e o trabalho sem intervalo. O sindicato acusa ainda a empresa de falsificar laudos técnicos sobre as condições de trabalho no local.

Transporte

Responsável pelo transporte dos servidores, a JBS/Friboi estaria disponibilizando poucos ônibus para transportar os funcionários, que alegam ter de esperar cerca de duas horas para chegarem em casa.

Reivindicação

O Sintracal e a FETIEMT reivindicam que o JBS/Friboi implemente o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO), exigidos por lei.


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