O que era um mal-estar causado por hipertensão e labirintite, alegado por José Geraldo Riva para faltar à audiência que seria realizada ontem, transformou-se em mal-estar jurídico. Embora o clima de desconfiança para com a terceira ausência de Riva por motivos médicos pairasse no ar e os olhares perplexos para o atestado médico de problemas do coração (feito por um pneumologista) fossem nítidos; o fato é que, horas mais tarde, o problema de saúde se confirmou. Tivesse esperado pouco mais, o promotor do Ministério Público Estadual, Samuel Frungilo, teria se furtado da "descoberta” desta nova doença: o SPC, ou “stress pré-condenação”. Ainda que, de fato, o nervosismo de quem se submete à “intimidante delicadeza” da juíza Selma Arruda (comentário dirigido à ela por um advogado, em um momento de descontração no intervalo de uma oitiva de 02 de fevereiro), possa desencadear crises às mazelas do réu, a constatação evidente pegou mal e, por seus advogados, não foi bem recebida. Gerou mal-estar.
