O suplente de vereador Walter Arruda nega que tenha cometido agressões contra a Polícia Militar e acredita estar sendo vítima de uma represália já que denunciou ao comandante do 10º Batalhão uma ação truculenta de quatro policiais militares subordinados a unidade durante o atendimento de uma ocorrência na noite de sábado (24), no bairro Jardim Cuiabá. Arruda argumenta que a descrição feita em Boletim de Ocorrência com crimes de falsidade ideológica, resistência e lesão corporal, não procedem.
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Suplente de vereador é detido acusado de agredir policial militar no Jardim Cuiabá
“Eu não fui algemado e nem mesmo conduzido em uma viatura da PM até a Central de Flagrantes. “Eu fui com meu carro, acompanhado do vice-presidente do Conselho de Segurança do bairro, até a delegacia. E, lá, quando questionei as informações que eram descritas no Boletim de Ocorrência, recebi voz de prisão. Eu tenho que me defender das acusações que me foram feitas e o que foi descrito no Boletim de Ocorrência não aponta a veracidade dos fatos. Em momento nenhum eu tentei atacar os policiais ou intimidar usando o argumento de ser vereador. Minha assessoria jurídica irá tomar todas as providências cabíveis nesse caso”, explicou.
A confusão começou durante a realização de um ponto de encontro, que contava com mais de 50 pessoas, no bairro Jardim Cuiabá. Como um veículo estava estacionado e atrapalhando o trânsito, os policiais do 10º BPM determinaram que o mesmo fosse retirado.
Em seguida, de acordo com a PM, o operador de máquinas Jonathan Jone teria desferidos ofensas contra os militares e então começou a confusão, já que um dos policias teria passado a agredir o rapaz. “A população se revoltou com a situação”, explica a esposa de Jonathan, Naiara Carolina, que também promete medidas cabíveis após a ação.
Ao
Olhar Direto, Walter Arruda apresentou um vídeo gravado durante a confusão. “Em nenhum momento em apareço. A comunidade estava revoltada com a situação e eu, liguei, de fato para o comandante do batalhão, o coronel Mendes para informar oque estava se passando. Eu cheguei a falar que tinha ligado e a comunidade é quem disse que eu era vereador. Não tentei passar pelo que não sou”.
Na delegacia, Walter Arruda respondeu a um Termo Circunstanciado de Ocorrência por lesão corporal e por resistência a prisão. “Não temo nada porque tenho minha consciência tranquila. A população não tem de se sentir intimidada, temer a polícia. O respeito tem que ser de ambos”. Ele ainda teceu elogios ao aspirante do dia Carlos Schefer, que ao chegar no bairro, controlou a situação sem emprego de violência.
No Boletim de Ocorrência da PM cita uma grande confusão e para conter o público um disparo de arma de fogo chegou a ser efetuado para o alto. É apontada ainda a existência de uma pessoa armada com uma canivete, mas sem a identificação do criminosos. Na descrição do Boletim consta que Walter teria atingido um soco contra o rosto de um policial e ainda afirmado que era vereador na capital.
Apuração
Na tarde de ontem, a pedido do Comando Regional de Cuiabá (que coordena as ações do 10º Batalhão) Walter Arruda compareceu a unidade para prestar depoimento sobre o episódio. Ele foi ouvido pelo tenente coronel Jairo de Moraes Pessoa. O procedimento onde ele descreve o episódio do último sábado deve ser encaminhado à Corregedoria.
A reportagem tentou contato com o comandante do 10º Batalhão, tenente coronel Alexandre Mendes, mas ele não
atendeu a ligação feita pela reportagem para o seu telefone funcional (final 10).
Assista ao vídeo aqui