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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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imita a novela

Suposta chefe de esquema de exploração sexual de adolescentes em Cuiabá é presa no RJ

Foto: Jardel P. Arruda - OD

A suspeita foi presa em um apartamento no Bairro de Copacabana

A suspeita foi presa em um apartamento no Bairro de Copacabana

Foi presa no Rio de Janeiro a esteticista Sílvia Flávia Piqueira Moreno, acusada de chefiar uma rede de exploração sexual de adolescentes, inclusive da própria filha, em Mato Grosso com conexões ao estado litorâneo. Uma garota de 15 anos que havia sido levada de Cuiabá para a capital do RJ conseguiu escapar do cárcere privado e entrou em contato com a mãe, que repassou as informações para a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança.


Casa de prostituição que funcionava com menores é fechada em Cuiabá
Apartamento onde a jovem foi encontrada degolada era usado como ponto de prostituição

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, Sílvia vai responder no Rio de Janeiro por exploração sexual de vulnerável, cárcere privado e indução ao trabalho escravo. Em Cuiabá ela é investigada por exploração sexual, rufianismo, cárcere privado, falsificação de documento público, aborto provocado por terceiro sem o consentimento da gestante e tráfico interno de pessoas para fins de exploração sexual.

As investigações sobre Sílvia Flávia começou em Maio deste ano, quando a mãe da adolescente J.E.A.C, 15, - a mesma levada para o Rio de Janeiro -, denunciou para Deddica que a filha havia fugido e passou a trabalhar com prostituição na companhia de outras adolescentes, em uma casa do Bairro Consil, em Cuiabá. Contudo, quando a polícia foi ao local o prostibulo já havia mudado de local.

Durante as investigações, outra denúncia ao Conselho Tutelar levou a Polícia Militar a fechar uma residência no bairro Coophamil, por suspeita de manter adolescentes para prostituição. Na casa foram encontradas quatro adolescentes, entre elas a adolescente desaparecida, J.E.A.C, à época com 14 anos.

A casa era alugada por Sílvia Flávia, onde havia quatro garotas, duas de 14 anos, uma de 15 e a filha da acusada de 17 anos, encontradas no local. No entanto, as adolescentes ao serem levadas à Central de Flagrantes negaram que eram exploradas sexualmente e que a casa era usada para essa finalidade.

Em buscas na casa foram encontrados diversos medicamentos abortivos, preservativos e cédulas de identidade falsa. Na ocasião, a suspeita não chegou a ser detida, por não se encontrar na residência. Existem indícios de que a própria filha de Sílvia, de 17 anos, também era explorada.

De acordo com a delegada Alexandra Fachone, na quarta-feira (03), a mãe da adolescente J.E.A.C., esteve novamente na Deddica e informou que a filha havia telefonado do Rio de Janeiro e que estava lá há mais de uma semana na companhia da acusada Sílvia Flávia. “Ela contou para mãe que era mantida em cárcere privado, sendo explorada sexualmente e obrigada a realizar serviços domésticos”, disse Fachone.

A Polícia então descobriu que adolescente teria sido levada para o Rio de Janeiro e pediu apoio da Polícia Civil carioca para prender a acusada, que estaria mantendo em cárcere privado adolescente de 15 anos e também a própria filha de 17, na companhia de um homossexual de 23 anos, supostamente para programas sexuais naquela cidade. A mulher foi presa em um apartamento em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, com os duas menores e o jovem.

No Rio de Janeiro, em depoimento na 13ª Delegacia de Polícia de Copacabana, a adolescente de 15 anos disse que conseguiu fugir do apartamento, em Copacabana, pedir socorro na unidade policial. A menina contou que suas roupas haviam sido retidas, assim como seus documentos pessoais e dinheiro. A adolescente ainda falou que a acusada Sílvia Flávia lhe dava drogas e que tinha realizado um aborto. A menor relatou que era ameaçada constantemente de morte e que tinha medo da acusada.

A delegada Alexandra Facnhone afirmou que as investigações contra a acusada Sílvia Flávia prosseguem em Cuiabá. “Será juntado aos autos cópias de sua prisão em flagrante delito do Rio de Janeiro, onde foi presa por exploração sexual, cárcere privado e redução a condição análoga de escravo”, destacou.
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