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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Brasil

Suspeito de fazer parte de quadrilha de aborto no RJ é procurado pela Interpol

A Interpol foi acionada para encontrar um médico suspeito de envolvimento em uma quadrilha de aborto que foi desarticulada no Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Segundo a delegada Adriana Mendes, da Corregedoria da Polícia Civil do Rio, Evangelista atuava no núcleo de Botafogo, na Zona Sul da cidade. Durante 15 meses, a polícia investigou uma rede de médicos, policiais e militares que faturava até R$ 2 milhões por mês. No dia 14 de outubro foi realizada umaoperação para cumprir 75 mandados de prisão - 58 pessoas foram presas e 17 ainda precisam ser encontradas. As informações são do Bom Dia Rio.


Cerca de 500 policiais participaram da maior operação já realizada no país contra clínicas clandestinas de aborto. No cofre de um dos médicos acusados, o doutor Aloísio Soares Guimarães, de 88 anos, a polícia encontrou quase R$ 500 milhões e extratos de uma conta na Suíça, com mais R$ 5 milhões. No apartamento de Aloísio, no Leblon, os policiais encontraram máquinas de sucção que eram usadas para interromper a gravidez.

O médico tem várias passagens na polícia. A primeira delas foi em 1962. Segundo a investigação, doutor Aloísio era o chefe do núcleo da quadrilha, em Copacabana. Em uma conversa gravada com autorização da Justiça, o médico revela ao neto quanto ganhava com os abortos e que pagava propina a policiais.

Doutor Aloisio: Eu acho que no máximo 20 mil eu dou.
Homem: Entendi.
Doutor Aloisio: Porque 20 mil para mim é nada.
Homem: Em dois dias você já matou...
Doutor Aloisio: Dois dias, menos de dois dias até. É muita fortuna que eu ganho.
Homem: É, tem que pensar assim né, vô...
Doutor Aloisio: Em maio eu ganhei 300 mil.

Em um ano e três meses de investigação, os policiais descobriram que os acusados montaram uma organização criminosa, formada por sete núcleos. Cada núcleo operava em uma região da cidade e tinha médicos, auxiliares de enfermagem, atendentes, motoristas, seguranças e agenciadores.

A polícia fez um cerco aos criminosos presos durante a operação. Foram mais 102 mil ligações monitoradas e 500 horas de gravações. Dos 58 presos na operação desta semana, 14 são agentes públicos: policiais civis e militares, um bombeiro e um sargento do Exército. Além de responder pelos crimes, Adriana Mendes contou que eles vão ser submetidos a medidas disciplinares, administrativas e podem ser punidos com demissão.

Em todas as clínicas foram encontrados medicamentos de uso controlado e anestésicos: muitos com prazo de validade vencido. A polícia suspeita que esses remédios eram desviados de hospitais públicos.

“No decorrer das investigações nós verificamos o desvio de medicamentos por uma bombeira militar e outras formas de desvios também estão sendo investigadas”, falou Adriana Mendes.
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