O governador Pedro Taques (PDT) apontou nesta segunda-feira (27), em entrevista à TV Centro América, que o Centro Oficial de Treinamento (COT) da UFMT deverá ficar incompleto por conta da falta de dinheiro nos cofres públicos. O gestor também falou novamente sobre a concessão da Arena Pantanal e disse que foram feitas gambiarras na obra. O impasse quanto à destinação do COT do Pari ainda não foi resolvido pelo Estado.

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De acordo com Pedro Taques, as obras não continuaram por conta da falta de recursos: “Pararam no meio do caminho (as obras dos COTs) por que precisamos de dinheiro para pagar as empreiteiras para que elas possam continuar essas obras e isso não está no orçamento de 2015, que foi feito pela gestão passada”.
 
O gestor ainda alegou na entrevista que o Centro de Treinamento da Universidade Federal de Mato Grosso deverá ficar incompleto: “O COT da UFMT ficará com a universidade, mas falta uma pista de atletismo de padrão internacional, mas não temos dinheiro para fazê-la e prefiro investir na saúde”. Vale lembrar que a pista foi um dos pontos utilizados pelo governo passado para justificar a construção do empreendimento.
 
Taques ainda defendeu que o outro Centro de Treinamento fique com a Polícia Militar: “O COT do Pari: existe uma discussão sobre o que funcionaria ali, se seria a sede do Operário [Futebol Clube] ou a Polícia Militar. Eu entendo que esse espaço será melhor utilizado como centro de treinamento das polícias de Mato Grosso”.
 
Arena Pantanal
 
Gastando aproximadamente R$ 1 milhão por mês com a Arena Pantanal, o governador dificilmente manterá o estádio sob administração do Estado. O gestor apontou erros grosseiros na obra e disse que foi feita uma gambiarra: “Na obra fizeram uma gambiarra, como se diz em Cuiabá, para ser entregue rápida para a Copa do Mundo. Um dos erros dessa obra é o elevador. Os elevadores não transportam maca e nós temos andares. É uma vergonha isso”.

No ano passado, durante um dos jogos, uma pessoa passou mal no setor 30 (onde fica a imprensa) e a maca teve de ser levada pela escada, já que não cabia no elevador do estádio. Fato é que os equipamentos nunca funcionaram plenamente e constantemente eram vistos quebrados ou fora de funcionamento.
 
Por fim, foi dito pelo gestor que o estádio não irá se manter apenas com futebol: “Temos três modelos: o estado administra, concessão ou PPP [Parceria Público Privada]. Existe um edital lançado pelo governo passado que foi suspenso por nós para ser refeito, porque existe equívocos. Precisamos de audiências públicas para que o cidadão possa decidir o que fazer com a Arena Pantanal. Só com o futebol não dá conta da manutenção”.