O governador José Pedro Taques (PDT) recebeu convite formal para se filiar ao PSB, caso deixe a sigla pedetista, mas não deu resposta. Ele almoçou no Palácio Paiaguás, nesta quarta-feira (1), com o presidente regional do PSB, prefeito Mauro Mendes, e todos os deputados federais e estaduais da legenda socialista, para discutir parcerias e, como prato principal, ter o convite para mudar de agremiação.
 
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“Foram várias pautas, neste encontro. [sobre o convite] É evidente que o governador ficou lisongeado, porque é uma honra, mas não existe nada de concreto”, respondeu o secretário Paulo Taques, chefe da Casa Civil, para a reportagem do Olhar Direto. Ele estava ao lado e Mendes e dos deputados federais Fábio Garcia e Adilton Sachetti; e estaduais Max Russi, Eduardo Botelho e Oscar Bezerra.
 
“Temos a dimensão do compromisso que é governar Mato Grosso e, por isso, a questão partidária não ainda foi tratada – de forma definitiva –  pelo governador”, emendou Paulo Taques, para a reportagem do Olhar Direto.
 
A reflexão de Taques está essencialmente no risco de perder o mandato por infidelidade partidária, caso deixe o Partido de Leonel Brizola.
 
Independente da postura ambígua do amigo, Mendes está otimista. Ele disse que, sem o ex-governador Eduardo Campos (in memorian) e a ex-senadora Marina Silva, o PSB é um dos poucos partidos que pode oferecer suporte para Taques vislumbrar, no futuro, um projeto nacional. “Pedro Taques possui convite de vários partidos e, se não ficar no PDT, estamos de portas abertas, no PSB. E nós temos condições de oferece um projeto diferenciado, porque estamos num processo de crescimento consolidado em quase todos os estados”, citou Mendes, que faz parte da Executiva Nacional socialista.
 
Mendes citou o caso de Mato Grosso, onde, em 2014, o PSB saltou de um para dois deputados federais – Garcia e Sachetti, e de um estadual para três – Botelho, Bezerra e Russi. As projeções para 2016, segundo o presidente regional, são de crescimento ainda mais significativo.
 
O presidente regional do PDT, deputado Zeca Viana, não atendeu nem retornou às ligações da reportagem do Olhar Direto. Em entrevista anterior, não poupou críticas ao governador, principalmente por  pagar empreiteiras no período de moratória e auditoria nos contratos.