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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Torcedoras de Mixto e Operário são simbolos femininos no futebol de MT

Foto: Ilustração

Torcedoras de Mixto e Operário são simbolos femininos no futebol de MT
Engana-se quem acha que futebol nas arquibancadas é apenas coisa de homem. Apesar de estarmos em pleno século XXI, a maioria das torcidas são compostas por homem, mas o público feminino tem crescido nos estádios do Brasil. Em Mato Grosso a situação não é diferente e uma rivalidade já está formada há anos.


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Os dois principais clubes do Estado são Mixto e Operário e cada um tem seus torcedores símbolos e por questão de homenagem e de tempo nas arquibancadas, coincidência ou não, essas figuras são femininas. Pelo lado alvinegro está Nhá Barbina e pelo tricolor está Mariana Macedo.

Elas frequentam até hoje os estádios, não mais com a mesma frequência de antigamente, mas sempre que seus clubes do coração estão em campo, pode procurar que elas estarão balanço as bandeiras e gritando as músicas que empolgam seu time dentro de campo.

Mariana Macedo é torcedora do Operário desde sua fundação, em 1949. Ela ainda lembra como foi a primeira camisa do time que ela comprou. “Meu pai era torcedor do Fluminense, que tem as mesmas cores do Operário e eu pedi que ele comprasse uma camisa do Flu pra mim, por aqui não vendia. Ele trouxe de fora, eu tirei o símbolo daquele time e bordei o brasão do meu Operário. Eu nunca vou esquecer da minha primeira camisa”, disse dona Mariana.

Já Nhá Barbina lembra de outros casos. “Eu comecei a torcer para o mixto após o Frei Quirino me colocar pra vender ingresso para um jogo beneficente e daí por diante não desgarrei mais. Uma vez o Mixto enfrentou o Vasco da Gama lá no Rio de Janeiro eu fui assistir. Eu não perdia uma partida e aqui no Verdão, nós vencemos o Vasco e lá eu tinha certeza que a gente não ia perder. Mas Patoril Perdeu o pênalti e eu parti pra cima dele, até presa eu fui”, sorriu Nhá Barbina que já passa dos 80 anos.

Quanto a rivalida, Mixto e Operário dona Mariana diz que já sofreu muito, porém prefere lembrar de seus momentos de alegria. “Uma vez fomos pra final contra o Mixto, e o Operário venceu por 1x0.  Gol de Panzariello que chegou a furar a rede do goleiro mixtense. Nesse dia eu chorei muito, mas de alegria. O meu Operário só me dá alegria”, fala com entusiasmo a torcedora.

Nhá Barbina conta que uma vez bebeu tanto que foi parar na torcida adversária. “Teve uma vez que eu bebi cerveja. Fiquei tonta e fui parar na outra torcida. Quando sentei, senti uma bordoada nas costas. Levantei ligeiro e bati com o mastro na cabeça do rapaz que sangrou. Daí chegou a polícia e me levou pro lado da torcida do Mixto”, gargalhou a torcedora ao contar que fazia tudo pelo seu time.

Uma decepção de dona Mariana é ver seu time na segunda divisão e “jogado às traças”, como ela mesmo classifica. “Hoje dá vergonha de falar do meu Operário. Um time de 14 títulos, que já disputou Brasileirão e Copa do Brasil na segunda divisão do Estadual e jogado como está, eu até chego a chorar quando penso que já vi meu tricolor vencendo todo mundo. Era um verdadeiro rolo compressor e hoje está adormecido”, desabafou a fanática.

Os campos hoje em dia estão mais vazios. Em Mato Grosso os times ainda são de Série C, sendo um da capital e um do interior, Cuiabá e Luverdense Respectivamente, clubes novos e com poucas torcidas. Muito mudou, mas o Futebol de Mato Grosso ainda vive e se for por desejo dessas guerreiras jamais irá morrer.
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