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NEM SÓ PANIS ET CIRCENSES

Trabalhadores optam por ganhar “o pão nosso de cada dia”, ao invés de ver goleada do Brasil

23 Jun 2014 - 18:24

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco e Jardel P. Arruda

Trabalhadores  optam por ganhar “o pão nosso de cada dia”, ao invés de ver goleada do Brasil
Milhares de trabalhadores em Cuiabá e Várzea Grande deixaram de assistir ao à goleada da seleção brasileira sobre Camarões, no início da noite desta segunda-feira (22/06), para se entregar à labuta. Balconistas de farmácia, taxistas, ambulantes de cervejas e refrigerantes, comerciantes alternativos de camisetas e bandeiras da seleção, vendedor de cachorro quente e outros profissionais se dedicaram à busca do “pão nosso de cada dia”, no mesmo horário em que os comandados de Luiz Felipe Scolari decidiam a classificação para as oitavas de final da Copa do Mundo.


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Feirante há 35 anos, Wilson Santana de Andrade, 65 anos, morador do Jardim Cuiabá, lembra que é a quarta Copa do Mundo em que trabalha, inclusive nos horários dos jogos do Brasil. “Acompanho a Copa de 1962, quando era garoto. Sou feirante. Então, para mim não é novidade deixar de assistir aos jogos”, pontuou Wilson Santana.

Já os frentistas Juan Felipe da Costa, 26; Reginaldo Elias Brito, 23; Ewerson Santana, 22, enfrentam a experiência pela primeira vez. “Para dizer a verdade, é uma m... Queria assistir à partida”, desabafa Ewerson, que passa pela experiência em sua primeira vez. “Mas o Brasil vai ganhar por 4 a 0. vamos golear”, profetizou Juan Felipe.

Fotos: Jardel Arruda-Olhar Direto 

Joberson de Souza, 29 anos, garçom do Choppão: jogos representam momento de interagir com as pessoas

O garçom Joberson Farias de Souza, 29 anos, atendendo no Choppão (um dos restaurantes mais tradicionais de Cuiabá), afirmou que até gosta de trabalhar nos horários dos jogos. “A casa está sempre cheia e temos a oportunidade de interagir com outras pessoas, principalmente os turistas. Neste período, mais de 50% são turistas”, pontuou.



Assistente social por formação, a jovem Anita Dais Gomes, 25 anos, moradora do bairro Alvorada, aproveita o período para vender cervejas e refrigerantes na Praça Popular, um dos pontos mais badalados da Cidade Verde. E não se incomoda em perder o jogo do Brasil. “Vejo quando é gol pela comemoração e foguetório. Então, também, passo a comemorar”, pontuou ela.

O taxista Eduardo Lucas da Silva, 72 anos, ex-presidente do Sindicato da classe (Sintax), disse que muitos passageiros chamam para a corrida na hora do jogo. “Se o táxi parar, então, Cuiabá pára. E temos de servir aos clientes”, ensina Eduardo Lucas, que acompanha a seleção brasileira pelo rádio desde a Copa da Suécia em 1958, ainda adolescente.

O vendedor de camisetas Getúlio Vaz de Melo, 50 anos, o popular ‘Túlio’, passa o jogo todo vendendo camisetas, bandeiras e ‘réplicas’ artesanais do Troféu Fifa da Copa do Mundo. “É bom o Brasil ganhar, para vender mais. Vai ser 4 a 0”, disse ele, antes do jogo.

Independente da profissão, fica claro que, sem os abnegados pelo trabalho, muitos não teriam condições de se divertir, nos jogos do time de Felipão. 
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