O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) publicou, nesta terça-feira à tarde, novos dados do tremor de terra ocorrido na madrugada de segunda-feira (26), próximo a Tabaporã (643 km ao Norte de Cuiabá). Conforme o relatório, o abalo sísmico teve magnitude de 4.0 graus e foi captado por 24 estações pertencentes a diferentes redes e instituições.
 
Entre as estações que registraram o tremor de terra estão a Rede  Sismográfica  Brasileira  (RSBR), operada  pela Universidade de São Paulo (USP), e a Rede Sismográfica Global (GSN, em inglês) operada pelo  Consórcio Internacional de  Instituições  de Sismologia (IRIS) e pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

Observatório Sismológico da UnB confirma tremor de terra nesta segunda em MT
 
Conforme os analistas da UnB Juraci Mario de Carvalho e Iago Guilherme S. Lemos, o tremor de terra iniciou às 3h12 (horário de Mato Grosso) e teve maior intensidade entre as 3h14 e 3h15. O epicentro teve profundidade de 10 quilômetros, a uma latitude de -11.37 graus e longitude de -56.55 graus, na zona rural de Tabaporã. (Veja os dados no site do observatório).
 
“Este evento ocorreu em uma área bastante sísmica do país, onde já foram registrados outros eventos com magnitudes consideráveis”, diz a nota publicada no site do observatório da UnB. Tabaporã faz divisa com Porto dos Gaúchos, onde fora registrado o maior tremor de terra do Brasil, em 31 de janeiro de 1955, com magnitude de 6.2 m.B.
 
A caracterização rápida do abalo desta segunda-feira só foi possível devido ao grande número de estações instaladas na região e que possuem transmissão de dados em tempo real. “Além disso, a grande magnitude do  evento contribuiu  para  que  as  ondas  geradas  tivessem energia suficiente para chegarem a estações mais distantes”, pontua o relatório.

 
Duas estações instaladas  na  região  (Porto  dos  Gaúchos  e  Colíder),  ambas  da  Rede  Sismográfica  Brasileira , estavam  com  problema  no  sistema  de  transmissão  e  não  puderam  ser  utilizadas  na  análise preliminar.  “Espera-se  coletar  os  dados  destas  estações  no  mês  de  fevereiro  para complementação da análise do evento”, finaliza a nota publicada pelos analistas.