Três dos principais comandantes do braço armado do movimento islâmico palestino Hamas morreram no amanhecer desta quinta-feira (horário local) em consequência de um bombardeio da aviação israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, anunciou a própria organização. As Brigadas Ezedin al Qasam identificaram em um comunicado os três homens como Mohammed Abu Shammala, Raed al-Attar e Mohammed Barhoum.

O ataque aéreo aconteceu dois dias depois de outro bombardeio da aviação israelense que matou a mulher e um filho do chefe das Brigadas, Mohammed Deif, que segundo seu movimento continua vivo.

De acordo com os serviços de emergência palestinos, um ataque aéreo que destruiu um prédio em Rafah de quatro andares deixou sete palestinos mortos. Não está claro até o momento se os três chefes militares estavam incluídos neste balanço.

Um outro bombardeio no acampamento de refugiados de Nuseirat deixou outro palestino morto, informou o porta-voz dos serviços de emergência em Gaza, Ashraf al Qodra.

O ataque foi um dos 20 realizados em Gaza pelas forças militares israelenses desde a meia-noite de quarta-feira (6h da manhã no horário de Brasília), depois do fracasso das negociações mediadas pelo Egito com o objetivo de conseguir uma trégua de longo prazo.

Desde o início da ofensiva, mais de 2 mil palestinos, a maioria civis, foram mortos. Do lado de Israel, 67 pessoas morreram, sendo três delas soldados.

Israel alega que os ataques aéreos são uma resposta à retomada dos lançamentos de foguetes do Hamas que romperam o cessar-fogo na terça-feira. Na quarta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu para que Israel e os palestinos retomem as negociações para chegarem logo a uma trégua duradoura.

Em uma declaração aprovada por unanimidade, o Conselho de 15 membros da ONU "ofereceu total apoio à iniciativa egípcia e exortou que as partes retomem as negociações para alcançar urgentemente um cessar-fogo sustentável e duradouro".