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Sábado, 20 de abril de 2024

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Desespero

Em VG, trinta e duas famílias encontram-se desabrigadas

Foto: Kelly Martins/Olhar Direto

Em VG, trinta e duas famílias encontram-se desabrigadas
Trinta e duas famílias estão desabrigadas em Várzea Grande devido a forte chuva que caiu na madrugada de hoje e alagou diversas localidades na região do Parque do Lago. O desespero tomou conta dos moradores que tiveram as casas invadidas pela água e perderam praticamente todos os móveis.


Algumas famílias são do Parque São João e foram encaminhadas para uma creche municipal. Lá, concentram aproximadamente 41 pessoas, entre crianças e idosos. Já outro lugar atingido pelo aguaceiro é a Avenida 31 de Março, considerada uma das principais na região.

A lagoa do jacaré, como é conhecida, fica próximo à avenida e por causa da chuva transbordou. Para o atendimento dos moradores dessa localidade a Defesa Civil montou uma base no Ginásio Antônio Sotero, que já serve de abrigo para aproximadamente 15 pessoas.

O coordenador da Defesa Civil e comandante da Guarda Municipal, Rodrigo Alonso, disse ao site Olhar Direto que a situação é de emergência, mas está sob controle. Ele explica que a enchente ocorreu em vários bairros considerados de baixada porque os córregos transbordaram com a forte chuva. “ Estamos com diversas equipes espalhadas pelos bairros atingidos e não há risco de nova enchente. Em muitos lugares o nível da água abaixou e os moradores tentam resgatar o que ainda sobrou e não foi destruído”, frisou.

Kelly Martins/Olhar Direto

Ele diz ainda que a enchente não tem relação com o rio Cuiabá, que está bem abaixo da cota de risco. Pelo menos 10 bairros apresentaram alagamentos, entre eles, Jardim das Oliveiras, Nova Maringá I, II, III, Santa Luzia, Residencial Oito de Março. Conforme coordenador, a equipe de atendimento já realizou todos os procedimentos necessários nessas localidades.

No entanto, apenas o Parque São João e a Avenida 31 de Março, segundo ele, ainda são considerados bairros em situação de emergência, pois famílias ainda estão sendo retiradas por equipe do Corpo de Bombeiros e o número de desabrigados poderá aumentar.

Barco

Muitos moradores que estão às margens da Lagoa do Jacaré e que tiveram as casas inundadas, ainda não deixaram o local. Eles estão presos aguardando o resgate dos bombeiros que vão realizar a ação de barco.

O comandante Paulo Barroso, do Corpo de Bombeiros de Várzea Grande, contou que os veículos que transitavam no local faziam ondas agravando ainda mais a situação. " Tentamos retirar as pessoas com um caminhão, mas por causa das ondas que formavam as pessoas reclamaram. E impossibilitou o resgate que, agora, será feito com um barco".

Sofrimento

“Eu e minha família só não fomos levados pela correnteza porque uma parede não desabou e impediu que água chegasse. Mas o resto, foi tudo”, desabafou o senhor Alacir de Jesus do Nascimento (51), morador do Parque São João, em entrevista ao Olhar. Kelly Martins/Olhar Direto

Alacir teve a casa completamente destruída por conta do transbordamento do córrego, que começou as 4h da manhã. Como se não bastasse, a bicicletaria da qual era dono funcionava na parte da frente da residência e não sobrou nada. As 15 bicicletas e todas as ferramentas de trabalho foram levadas com a enchente tornando maior ainda o prejuízo.

“ Agora o desespero é maior porque os donos das bicicletas vão aparecer e como vou fazer para recuperá-las? Todas sumiram”, argumentou.

Para a dona-de-casa Claudete Sarate (28), existe descaso por parte da Prefeitura Municipal de Várzea Grande. Ela mora há mais de sete anos na rua Antônio Paes de Bairros e viu sua casa ser completamente alagada com a água acima dos 40 centímetros.

“Acordei com um barulho de água e quando vi a casa toda estava alagada. Eu e meu marido saímos correndo para o quarto do nosso filho de sete anos e a cama dele já estava molhada. Isso é um absurdo”, ressalta.
Kelly Martins/Olhar Direto
A moradora conta que essa foi a primeira vez que passou por uma situação assim. Porém, destaca que todos os anos no mesmo período alagamentos ocorrem e a administração municipal não toma providências.


Revoltado


Já para o morador Israel da Silva, que reside às margens da Avenida 31 de Março o sentimento é de revolta. Ele alega que a problemática está na falta de limpeza dos bueiros e na forma como foi construída a avenida.

Resgate

Pelos menos 70 pessoas entre bombeiros, policiais militares, Defesa Civil, servidores da Secretaria de Promoção Social estão trabalhando em conjunto em Várzea Grande.

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