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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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VELHO GUERREIRO

Várzea Grande lamenta a perda Rubens do Santos, fundador do Operário e de jornal mais antigo

Foto: Robson Silva / Secom VG

Rubens dos Santos em maio deste ano, durante visita à Prefeitura de Várzea Grande

Rubens dos Santos em maio deste ano, durante visita à Prefeitura de Várzea Grande

Apontado como último remanescente da era romântica do futebol de Mato Grosso, o empresário Rubens do Santos, fundador Clube Esportivo Operário Varzeagrandense (CEOV) e do jornal Correio Varzeagrandense, faleceu aos 86 anos, na manhã desta sexta-feira (18). Ele dedicou quase quatro décadas de sua vida a um dos clubes mais respeitados do Centro-Oeste do Brasil, fundado em 01 de maio de 1949, Dia Mundial do Trabalho.


Fundador do Operário morre aos 86 anos em Várzea Grande

O seu corpo está sendo velado no Palácio Vereador Benedito Gomes, sede da Câmara de Várzea Grande. Em julho do ano passado, havia perdido sua esposa, Angelina dos Santos – companheira de 60 anos de vitoriosas batalhas. O casal teve apenas um filho: Renato José dos Santos (in memorian), deputado estadual constituinte em 1988 pelo PMDB. Renato dos Santos foi um dos sub-relatores da Constituição promulgada em 1989, que teve o deputado Luiz Vitório Soares como relator geral.

Filho de Miguel Baracat, era irmão da ex-prefeita Sarita Baracat de Arruda e tio do ex-deputado Ernandy Maurício Nico Baracat (in memorian). Pelo estilo polêmico e às vezes briguento, no final da década de 1970 recebeu da crônica esportiva regional o apelido de ‘Velho Guerreiro’.

Além de fundador do Clube Operário, Rubens dos Santos foi vereador e presidente da Câmara de Várzea Grande. Na condição de vereador, também foi fundador e primeiro presidente do PMDB de Várzea Grande, na época do MDB, na segunda metade da década de 1960. Em 1972, disputou a Prefeitura de Várzea Grande contra o ex-governador e atual deputado federal Júlio José Campos, presidente do DEM, sendo derrotado por pequena margem.

Depois de participar decisivamente da fundação do Operário, sendo seu presidente por nove mandatos e camisa 10 nos primórdios do clube, Rubens dos Santos se notabilizou na década de 1960 por exigir da Federação Mato-Grossense (FMF) a implantação do profissionalismo no Estado. E, após consolidar o profissionalismo no futebol de Mato Grosso, tratou de acirrar a rivalidade com os clubes da Capital, principalmente o Mixto e, menor escala, o Dom Bosco e o Clube Atlético Mato-Grossense. Nos clássicos contra o Mixto, o Velho Guerreiro anunciava o pagamento do bicho na véspera, para provocar o então presidente Lino Miranda, do Tigre de Cuiabá.

Para promover as partidas, coube a ele e ao radialista Ivo de Almeida (in memorian) batizar o confronto entre Mixto e Operário de ‘Clássico dos Milhões’, que nas décadas de 1970 e 1980, chegou a levar quase 50 mil pessoas ao antigo Estádio Verdão – Governador José Fragelli.



Pela fidelidade de sua torcida, o Operário recebeu do poeta e advogado Silva Freire o carinhoso apelido de Chicote da Fronteira, pelo qual é tratado até hoje. O uniforme tricolor surgiu por causa da doação do uniforme com as cores do Fluminense, do Rio, clube do coração do Bispo Campelo de Aragão, então reitor do Seminário do Cristo Rei.

Em 1984, com o filho Renato dos Santos e o jornalista Jê Fernandes, fundou o jornal Correio Varzeagrandense, o mais antigo da Cidade Industrial, em circulação até hoje.

Além do desporto e da comunicação, Rubens dos Santos foi fundador da primeira Associação de Pais e Amigos dos Expecpcionais (APAE-MT) e contribuiu para a implantação do embrião da Defesa Civil de Mato Grosso, com o professor Domingos Valério Iglesias, já falecido.
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