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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Suspeita

Viadutos do VLT teriam sido construídos em área menor que previstas

Foto: Edson Rodrigues/Secopa

Viaduto do Aeroporto foi desviado para a direita na sua construção

Viaduto do Aeroporto foi desviado para a direita na sua construção

Uma fiscalização realizada pela CGU (Controladoria Geral da União) apontou que todas as dez obras do “pacote” de implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Cuiabá e Várzea Grande terão área construída menor que a prevista no momento da contratação. As informações são do jornal Diário de Cuiabá. Estima-se que a diferença do anteprojeto apresentado pelo governo e o projeto básico produzido pelo Consórcio VLT Cuiabá atingiu 13,5 mil metros quadrados.


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Este total representa a soma das áreas efetivamente construídas nos viadutos da UFMT e do Aeroporto. A CGU chegou a estas conclusões após questionar e analisar uma recente nota técnica homologada pela corregedoria. O documento relata que a diferença é mais notável em relação a três viadutos e afirma que a situação pode comprometer a "economicidade da contratação".
 
Vale lembrar que as obras do VLT foram contratadas pelo Regime Diferenciado de Contratação (RDC) como um ‘pacote fechado’, portanto, projetos e execução ficaram a cargo do consórcio vencedor. O orçamento teve como base um anteprojeto apresentado pelo governo, que já previa todas as obras a serem executadas.
 
O ex-secretário da Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal (Agecopa), Éder Moraes, afirmou à época que diversos estudos estavam prontos e que o Consórcio não teria que começar do zero. Porém, não foi isto que ocorreu. Um dos exemplos é o viaduto do Aeroporto, que no anteprojeto passaria sobre a rotatória.
 
Porém, houve uma readequação e o viaduto foi deslocado para a direita, cruzando apenas a via de acesso ao terminal. O fato acabou reduzindo a extensão. A Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) informou em ofício que a comparação feita pela CGU não considerou a metragem dos "muros de contenção em terra armada", fato que, segundo a justificativa, compromete a "comparação das dimensões" previstas e as que serão executadas.
 
Ainda foi explicado pela pasta que a mudança no local do viaduto foi para "eliminar um conflito entre os trens e os ônibus no acesso ao terminal". "Essa solução não gerou mudança na solução de conflitos viários, tampouco alterou o formato da circulação no tráfego geral e nem no VLT (foram mantidos os números de faixa de rolamento em ambos os casos), enfim sendo demonstrada uma alternativa mais eficiente para solução do problema", disse a secretaria.
 
Porém, a CGU não acatou as justificativas, pois, não foi explicado como a Secopa chegou ao orçamento que serviu como base para a licitação. "Recomenda-se ao Ministério das Cidades que solicite ao Governo do Estado do Mato Grosso a apresentação dos demonstrativos e/ou informações que consubstanciassem os valores contidos no orçamento dos itens de obras da Contratação", afirmou a CGU.
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