“Peço a todos os palmeirenses que rezem pela volta rápida do Fernando Prass.” A frase é do vice-presidente alviverde Antonino Jesse Ribeiro e reflete o pavor da diretoria com os reservas imediatos de Prass, fora por contusão desde 4 de maio.
“Os nossos goleiros são horrorosos! Um pior do que o outro”, avalia Jesse, se referindo a Deola, Fábio e Bruno, todos revelados na base. “O Bruno não dá. Aí, tentamos o Fábio, que começou bem e, depois, passou a levar gol de tudo quanto é jeito. Fui um dos que defenderam a entrada do Deola, que tem a chance e leva seis”, corneta, revoltado com a goleada sofrida para o Goiás, por 6 a 0, domingo.
“Sempre fomos uma referência na hora de formar goleiros, mas, depois do Marcos, isso acabou”, acrescenta. Prass sofreu uma fratura no cotovelo direito na derrota para o Flamengo, no Maracanã, e deverá levar mais duas semanas para retornar.
Braço direito do presidente Paulo Nobre, Jesse também está furioso com o restante do elenco. “É que não dá para contratar um time inteiro novo. Então, o negócio é conviver com quem está lá. Mas, apesar de tudo isso, ainda acho que o Palmeiras se salvará”, finaliza o vice-presidente. O Verdão, hoje, é o lanterna.
Culpa dos boleiros
Paulo Nobre realizou reunião de cúpula, ontem, atrás de soluções para o Palmeiras. “Na minha conclusão, os jogadores são os responsáveis”, aponta Jesse. “Não tem salário atrasado, não existe briga no grupo, os atletas têm respaldo...”
Meio-tempo
Presidente do COF (Conselho de Orientação Fiscal) do Palmeiras, Alberto Strufaldi só teve estômago para ver o primeiro tempo do duelo com o Goiás. “Depois dos 4 a 0, assisti a um filme de comédia. Porque, de terror, já bastou o jogo.”
Recorde na TV
O clássico entre Corinthians e São Paulo alcançou a maior audiência do Brasileirão deste ano em São Paulo — foram 27 pontos de média, com 21 da Globo e seis da Bandeirantes.
Puxão de orelha
A expulsão no domingo renderá uma advertência a Alvaro Pereira. Vice-presidente de futebol do Tricolor, Ataíde Gil Guerreiro se revoltou com o pênalti cometido pelo uruguaio — o lance valeu o segundo gol ao Timão e ainda deixou a equipe com um a menos.
Recepção de gala
O Corinthians cedeu dois camarotes, com 12 lugares cada, à diretoria são-paulina no Itaquerão. Localizados com vista para o centro do gramado, eles ainda tinham cardápio refinado e diversos garçons.
Corneta infalível
Nem a vitória no Majestoso evitou as críticas de aliados de Mario Gobbi a Mano Menezes. Motivo: Malcom, que arrebentou em campo. Os dirigentes reclamam que o técnico demorou muitas semanas para transformá-lo em titular.
Sem lotação
O Corinthians previa lotar o setor destinado às organizadas no Itaquerão após a retirada dos assentos. Ainda assim, foram 7.202 corintianos presentes, 183 a menos do que na partida contra o Fluminense.
De novo
O Santos pagou para enfrentar o Figueirense no domingo, na Vila Belmiro. Com os 5.571 pagantes, o Peixe registrou prejuízo de R$ 7 mil. Foi a segunda vez, em dez partidas no estádio, que houve déficit.
Solidariedade
Maior organizada do Santos, a Torcida Jovem promoveu uma festa pelo aniversário de 1 ano do filho de Márcio Barreto de Toledo, santista morto em fevereiro, após emboscada de são-paulinos. Todo o dinheiro obtido no evento foi dado para a viúva do torcedor.
Da Série D
Brigando para não cair para a Série C, a Portuguesa acertou ontem a contratação de um reforço da última Divisão: o atacante Thiago Brito, que estava no Grêmio Barueri.
Palmeiras tem a pior campanha do Campeonato Brasileiro em três itens
A pior pontuação do Brasileirão não é a única coisa a se lamentar pelo torcedor do Palmeiras — o time tem 22 pontos em 23 rodadas. A equipe, agora comandada por Dorival Junior, é a que mais perdeu na competição e a que mais levou gols. Foram 13 derrotas, contra 12 do Botafogo e 11 de Chapecoense, Figueirense e Vitória. Já no quesito gols sofridos, foram 36, três a mais do que o Figueira, cinco em relação ao Vitória e seis na comparação com o Atlético-PR.
