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Sábado, 20 de abril de 2024

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NA ALÇA DE MIRA

Visita de Silval Barbosa à AL não muda intenção de deputados em criar CPI para investigar obras da Copa

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Deputados confirmam na frente de Silval que Assembleia vai instaurar CPI para investigar obras da Copa

Deputados confirmam na frente de Silval que Assembleia vai instaurar CPI para investigar obras da Copa

A absoluta calma demonstrada pelo governador Silval Barbosa (PMDB) durante reunião com os deputados estaduais, no gabinete da Presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, nesta terça-feira (3), não arrefeceu a intenção da maioria em criar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis falhas nas obras da Copa do Pantanal Fifa 2014. Nem mesmo a disposição de Barbosa em prestar “quaisquer esclarecimentos ou dúvidas sobre o tema” conseguiu fazer os parlamentares mudarem de ideia.


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Tanto que o presidente da Assembleia, deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), antecipou que a Caixa Econômica Federal (CEF) e Controladoria Geral da União (CGU), entre outros órgãos, devem ser convidados para prestar informações aos deputados sobre a auditagem dos recursos federais utilizados para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).  Sem saída,  Barbosa  pediu as deputados que fizessem a investigação, que, inclusive, poderia lhe servir de ‘salvo conduto’, no futuro.
 
Comedido, Maluf não ficou ao lado de Silval, na gravação da entrevista. Ele explicou que o colegiado definirá se a investigação será sobre as obras da Copa do Mundo de 2014 ou apenas do VLT, mas que é certo que a Assembleia Legislativa exercerá seu papel de fiscalização.
 
“O [ex] governador Silval Barbosa prestou esclarecimento aos deputados, de como andou as obras, de como foram fiscalizadas, de onde foram gastos os recursos”, observou ele.
 
“Deixo bem claro que em nenhum momento foi pedido para a Assembleia Legislativa interromper a investigação que pretende fazer, até porque existem sim informações contraditórias, e o Poder Legislativo tem que ir a fundo, fazer as verificações necessárias”, argumentou Maluf.
 
Como um boxeador no córner, Silval Barbosa explanou, no encontro, que os recursos para a implantação do VLT foram executados com a compra de vagões, bilhetadores, compra de material elétrico, trilhos, e que as obras Estão em andamento.
 
“Ele [Silval Barbosa] disse que a obra está em andamento, não foi interrompida, de que havia denúncia de superfaturamento e desvios de recursos, mas que ele discorda dessa informação”, ponderou o chefe do Poder Legislativo.
 
“São informações que a Assembleia Legislativa vai apurar, temos que convocar a Caixa Econômica e CGU, existe empresa que fez a supervisão e controle das obras do VLT, queremos saber desse relatório também”, questionou o deputado tucano.
 
Como a CPI já foi proposta por três deputados, o presidente reiterou que deve ser apresentada por lideranças partidárias, com a escolha do presidente e relator da CPI sendo feito pela Mesa Diretora – até como forma de evitar novo confronto interno.

Outro lado

Silval Barbosa lembrou que está fazendo uma visita aos poderes constituídos desde a última segunda-feira (2). Primeiro, ele esteve com o governador José Pedro Taques (PDT) e, depois, conselheiros do TCE. “Ele afirmou que o VLT será a melhor obra da América Latina e que não houve desvios de recursos da obra. Também pediu que a investigação seja realizada na Assembleia Legislativa”, confirmou Maluf.
 
“O projeto de mobilidade urbana tem a garantia dos carros para 30 anos. O VLT, que começamos em 2012, tem 68% medido e pago. Em todas as medições, contou com a fiscalização da gerenciadora, da Secopa, e também foi fiscalizada e auditada pela Caixa Econômica Federal”, afiançou Barbosa, para os deputados. 
 
E por conta da confiança na fiscalização exercida é que o próprio Barbosa assegura desejar a investigação da obra do VLT. Mas não deseja responder sozinho. “Que se cobre e convoque a Caixa Econômica, o consórcio VLT que executa a obra e olhe detalhado. Nessa obra, as medições são detalhadas: se é barra de ferro, mede a barra de ferro. E não existe possibilidade de aditivo”, completou o ex-governador, que se esforçou ao máximo para agir com naturalidade, durante sua passagem pelo Edifício Dante Martins de Oliveira.
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