Independente do volume das críticas que recebe, o prefeito Walace Guimarães (PMDB), de Várzea Grande, jamais pensou em renunciar ao mandato, tampouco teme ser cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A garantia partiu do próprio Walace durante entrevista coletiva, nesta segunda-feira (30), em seu gabinete no Palácio Júlio
Fiote de Campos, ao responder questionamento sobre imagens apócrifas que circularam pelas redes sociais e supostamente poderiam incriminá-lo.
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“Renúncia? Isso jamais passou pela minha cabeça. Possibilidade zero. Não passou de falácia da oposição. Eu conquistei um mandato legítimo, nas urnas, como
azarão, batendo dois adversários dificílimos e que respeito muito”, afiançou ele, referindo-se ao ex-prefeito Sebastião dos Reis Gonçalves, o Tião da Zaeli (PSD), e a ex-primeira-dama Lucimar Sacre Campos (DEM).
“Quando perdi uma eleição por 500 votos, vim desejar boa sorte para o meu adversário [Murilo Domingos] e jamais tentei lhe atrapalhar. Agora, comigo aparecem forças ocultas, que vivem trabalhando e torcendo contra”, lamentou o chefe do Poder Executivo da Cidade Industrial.
“Quem estiver interessado em assumir a Prefeitura de Várzea Grande, deve esperar 2016 e disputar com quem for candidato. Se eu estiver em condições [com boa avaliação] e for candidato, então, que me enfrente. Mas ficar jogando sujo, prejudica a cidade”, afirmou ele, em tom de desabafo.
Processo eleitoral
Walace Guimarães disse que não teme ser cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral, que investiga suposta existência de ‘caixa dois’, na sua campanha de 2012. “Estão fazendo maldades inomináveis contra mim e nossa administração. E este processo [de cassação na Justiça Eleitoral] é uma dessas maldades”, afiançou ele.
O prefeito só demonstrou estar incomodado com o pedido de quebra dos sigilos bancário e fiscal de alguns de seus coordenadores de campanha, como o ex-secretário Alan Zanata, de Indústria e Comércio (Sicme) do governo Silval Barbosa. “É completamente desnecessário. Isso expõe a vida pessoal e das empresas. Não precisa, até porque o processo está correndo em segredo de justiça”, pontuou Guimarães.
A instabilidade política reflete na redução dos investimentos, na Cidade Industrial. “A população não consegue mais esperar. Temos uma receita pífia, na casa dos R$ 430 milhões; menor que o orçamento original da Assembleia Legislativa de Mato Grosso”, emendou Guimarães, se referindo aos valores de R$ 440 milhões constantes na Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2015 – a nova Mesa Diretora da Assembleia vai devolver R$ 40 milhões, sendo R$ 20 milhões em cada semestre.
