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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Sodoma

Corregedoria abre processo contra delegado suspeito de 'vazar' operação Sodoma; policial nega crime

Corregedoria abre processo contra delegado suspeito de 'vazar' operação Sodoma; policial nega crime
A Corregedoria Geral da Polícia Civil de Mato Grosso instaurou procedimento administrativo para apurar um suposto desvio de conduta do ex-diretor da Polícia Civil, delegado Anderson Garcia. Na última sexta-feira, 12, o corregedor Jesset Munhoz recebeu relatório da 7ª Vara Criminal onde são elencadas conversas por meio de aplicativo WhatsApp que suscitam quanto ao vazamento de informações sobre a operação Sodoma, que gerou a prisão do  ex-governador Silval Barbosa (PMDB), de ex-secretários Pedro Nadaf  (Casa Civil) e Marcel de Cursi  (Fazenda), acusados de fraude por meio de um sistema de 'venda' de incentivos fiscais. Ao Olhar Direto, o delegado nega qualquer prática ilegal e frisou que está há mais de cinco anos afastado da área operacional especificamente. 


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Relatório de extração telefônica juntado a ação penal que tramita na Vara de Combate ao Crime Organizado apontam para uma conversa registrada na data de 14 de setembro (um dia antes da operação) entre o ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf,  e um perfil identificado como “Anderson-PC”.

Segundo relatório divulgado pelo site Folhamax, Garcia solicita ao ex-chefe da Casa Civil que compareça  a sede da Academia da Polícia Civil. Nadaf respondeu  a mensagem de maneira positiva, mas apontou que iria comparecer ao local com aparelho celular desligado, fato que dificultaria eventual monitoramento. A conversa, de acordo com trecho do relatório pelo Setor de Inteligência à Delegacia Fazendária. 

“Frise-se que na conversa Pedro Nadaf diz para Anderson que: vou inclusive com este desligado, ou seja, informando que desligaria seu aparelho celular, pois o aparelho celular desligado não é possível identificar a localização através das erb’s, mostrando que ele não queria que tal encontro fosse descoberto”. No relatório ainda se pontua quanto  à nomeação do delegado na data de 21 de março de 2012 como diretor da Polícia Civil pelo então governador Silval Barbosa, alvo da operação Sodoma.
 
Na sequência, o relatório da Polícia Civil mostra que após o diálogo com o então diretor da PJC, Nadaf conversa com sua ex-mulher, Geiziane Rodrigues Antello  - onde mostra-se preocupado.  Em trechos da conversa ele afirma que ‘estava muito mal’  e que ‘seria duro’, mas que iria superar . Os trechos são questionados  no relatório “o que levantam suspeitas de que Pedro estava esperando algo acontecer com ele”.
 
Nada a temer 

Ao Olhar Direto o delegado informou que assim que tomou conhecimento da suspeitas - pela imprensa - entregou requerimento para a Corregedoria da Polícia Civil solicitando que seja instaurado processo para apurar os questionamentos. Ele afirmou ainda que vai disponibilizar a quebra de sigilo bancário e telefônico para que toda e qualquer dúvida quanto à sua conduta seja dirimida. " Tenho  28 anos de vida pública e estou com a aposentadoria agendada para o dia 29. Qual seria meu interesse?".

Explicou ainda que ocupou o cargo de direto da PJC ao longo de três anos no mesmo período em que Nadaf exercia a função de chefe da Casa Civil. "Sim, eu me encontrei com ele por duas ou três vezes. Mantinhamos um relacionamento profissional. Eu, diretor da Polícia. Ele, como secretário".

Questionado sobre o teor da conversa que manteve com Naddaf, ele relatou que foi procurado para que o então secretário o interpelou sobre o procedimento para aquisição de uma arma longa. Já o segundo assunto da conversa girou sobre dois pareceres do TCE um tratando sobre a delegacia virtual e o segundo sobre falhas no registro de ocorrência. "Nadaf já exerceu imporantes cargos e me prestou uma orientação. Eu mostrei as defesas e só". 

Anderson afirmou ainda que não foi convidado a prestar esclarecimentos perante à Delegacia Fazendária. 

Sodoma 

O cerne da operação Sodoma trata-se de um esquema de venda de incentivos fiscais que causou prejuízos ao erário no valor de R$ 2,6 milhões. Na data de deflagração da operação, 15 de setembro, o então gestor Silval Barbosa, iria ser ouvido pelos deputados estaduais que participam da CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal, mas não compareceu a oitiva. Dois dias depois, após seu nome ser inserido no banco de foragidos da Interpol, Silval entregou-se. 
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