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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Ex-babá de menino achado morto diz que madrasta o 'agredia com palavras'

Foto: Reprodução

Ex-babá de menino achado morto diz que madrasta o 'agredia com palavras'
Uma ex-babá do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, encontrado morto em um matagal no interior de Frederico Westphalen, no Norte do Rio Grande do Sul, confirmou que o garoto recebia pouca atenção do pai e da madrasta, com quem morava na cidade de Três Passos, a cerca de 400 quilômetros de Porto Alegre. A mulher trabalhou na casa da família por dois anos. A mãe do menino morreu há quatro anos.


O pai do garoto e a madrasta, além de uma amiga do casal, são suspeitos do crime. Eles foram presos na noite de segunda-feira (14), depois que o corpo da criança foi encontrado, e estão em local não revelado por medida de segurança.

"Ela sempre afastava o menino dela. Agredia com palavras", diz Helaine Marisa Wentz, ex-babá do menino.

Durante a madrugada, moradores da cidade foram até a residência do casal para protestar com velas e cartazes, pedindo justiça. O pai é médico e a madrasta é enfermeira.

O caso chocou a comunidade de Três Passos. Órfão de mãe, o garoto já havia se queixado de abandono familiar, segundo a delegada Caroline Virginia Bamberg, responsável pela investigação. Em entrevista coletiva nesta terça-feira (15), ela afirmou que o menino chegou a procurar o Judiciário por conta própria, no início deste ano, para falar do assunto.

Na manhã desta terça (15), o Colégio Ipiranga, onde Bernardo curava o 6º ano do ensino fundamental, suspendeu as atividades por causa da morte do menino. As aulas só voltam na semana que vem. Emocionados, colegas e professores do garoto rezaram e pediram justiça.

Amigos da família disseram que Bernardo não tinha outros parentes na cidade. A mãe dele morreu em fevereiro de 2010. Segundo a polícia, a mulher cometeu suicídio com um tiro na cabeça no consultório médico do ex-marido, pai do garoto.

Velório comoveu comunidade

O corpo do garoto foi velado entre a manhã e a tarde desta terça no ginásio Colégio Ipiranga. Na cerimônia, moradores de Três Passos lotaram o local e demonstraram comoção com o caso. Colegas de aula de Bernardo estavam presentes e alguns lembraram que o menino cultivava a religiosidade em seu cotidiano. O suposto distancimento de Bernardo do pai e da madrasta também foi destacado por famílias que conheciam o garoto.

Por volta de 15h desta terça, o corpo começou a ser deslocado para Santa Maria, na Região Central do estado, onde residem familiares de Bernardo. No município, ocorrerá um novo velório na Capela do Hospital de Caridade. Na manhã de quarta (15), ele será enterrado no Cemitério Ecumênico Municipal de Santa Maria, ao lado do túmulo da mãe. O sepultamento deve começar às 10h

Caso corre em segredo de Justiça
A investigação corre em segredo de Justiça e poucos detalhes são fornecidos à imprensa. Entretanto, de acordo com a delegada, a amiga do casal relatou à polícia onde o corpo de Bernardo Uglione Boldrini estava enterrado.

A Polícia Civil disse ter certeza do envolvimento do pai, da madrasta e da amiga da mulher no sumiço do menino. “Precisamos identificar o que cada um fez para a condenação", afirmou aos jornalistas. Os três estão presos preventivamente por 30 dias.

O menino foi morto com uma injeção letal, segundo a Polícia Civil, o que ainda deverá ser confirmado pelo laudo. O corpo dele passará por perícia, já que foi encontrado em estado de decomposição.

Desaparecido
De acordo com a família, Bernardo Boldrini havia sido visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No domingo (6), o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.

No início da tarde do dia 4 de abril, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. A mulher trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen.

“O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada”, relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga da PRF. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.
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