O secretário de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas, disse não ter elementos suficientes para falar sobre uma possível execução do suspeito de matar o soldado Elcio Ramos Leite na tarde desta terça-feira (02), no bairro CPA III, em Cuiabá. A foto do suspeito vivo, sendo abordado por um militar a paisana, foi apresentada ao gestor da pasta, que reforçou que irá aguardar a apuração do caso, que é investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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Durante coletiva de imprensa no fim da tarde de hoje, o secretário disse que a DHPP irá apurar se André Luiz Oliveira, 27 anos – suspeito de matar o soldado da Polícia Militar – estaria vivo quando foi pego por outros militares. A foto da abordagem policial, flagrada pelo repórter fotográfico do
Olhar Direto, Rogério Florentino, foi mostrada ao gestor da pasta.
Mesmo assim, Jarbas disse que não tem condições de falar em execução agora. Um dos policiais que deteve o bandido seria parceiro de Elcio: “Tudo está sendo periciado e se houver alguma irregularidade, os culpados serão punidos”, disse o secretário, ao repetir que o caso será investigado pela DHPP.
Segundo a Sesp, o suspeito estava sendo investigado pelo crime de tráfico de armas e estaria as comercializando em redes sociais. Sendo assim, o serviço de inteligência da Polícia Militar foi até o local, com conhecimento do Comando Geral, para fazer um levantamento das informações. A intenção não era realizar a abordagem, mas sim, fazer vigilância.
Além disto, o secretário ainda rebatou as acusações feitas pelo pai de André, o líder comunitário Carlos Oliveira, de que o filho estaria sendo extorquido pelo policial morto: “Essa acusação é totalmente infundada. Era um pai de família que deu a vida para salvar o cidadão”.
O caso
Um policial militar, do Setor de Inteligência do Comando Regional de Cuiabá, acaba de ser assassinado na capital do Estado. A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que ele estava em serviço. O crime foi registrado no CPA III, setor cinco, por volta das 15h. A vítima foi identificada como Elcio Ramos Leite. Às 16h50, foi divulgada a imagem de um suspeito do crime, morto. Ainda sem identificação ele foi transportado na carroceria de uma picape do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Uma execução. É assim que o líder comunitário Carlos Oliveira classifica o desfecho da ocorrência de buscas dos suspeitos pela morte do soldado da Polícia Militar Elcio Ramos, registrada na tarde de hoje, 2 de agosto, no bairro CPA III, em Cuiabá. Carlos é pai de André Luiz Oliveira, de 27 anos, morto em confronto com os policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) minutos após a execução do militar. Além de André, o irmão dele, Carlos Oliveira Júnior de 35 anos, foi detido por suspeita de participação no crime.
“Estava com a minha esposa e minha netinha no carro e recebi uma ligação estranha. Pai, tem dois policial, se dizendo policial, e está pedindo dinheiro para mim. Eu disse não dá. Tô chegando ai. Demorou mais uns três a quatro minutos e ele já ligou de volta. Eu tomei a arma dele e dei um tiro nele. Como estava em dois, o outro também aloitou. Era dois policial” (Sic).
Carlos disse ainda que os filhos estavam ‘arrumando garrafas’ no momento da chegada dos policiais. “Trabalham com distribuidora, e estavam arrumando para vir um caminhão e trocar. O caminhão estava vindo aqui”.
A reportagem do
Olhar Direto registrou o momento em que André era abordado por um policial. Ele aparece do lado de dentro da janela de uma residência. Testemunhas disseram que o policial tentou retirar o mesmo pela janela, sem sucesso. O suspeito teria então corrido para os fundos da casa onde morreu.
