A grave crise que assola o país e prejudica sobejamente as prefeituras exige medidas enérgicas e urgentes. A tese é sustentada pelo o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), prefeito Neurilan Fraga (PSD), de Nortelândia, após se reunir com o líder da bancada Municipalista na Câmara dos Deputados, André Moura, que é relator da Comissão que discute o Pacto Federativo, na última semana. Ele esteve junto com o Conselho Político da Confederação Nacional dos Municípios, formado por líderes de diversos estados.
“Viemos a Brasília em busca de uma solução para os municípios. No momento de crise financeira, há uma redução nos repasses de recursos. Estamos reivindicando junto à Câmara e ao Senado, que sejam votados os projetos de interesse dos municípios”, argumentou Neurilan Fraga.
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O grupo de prefeitos reforçou o pedido para que as pautas municipalistas sejam votadas antes da XIX Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que será realizada em maio. Fraga informou que o relator fará uma intermediação junto ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que já se comprometeu em participar da Marcha. O colégio de líderes na Câmara se reunirá para discutir a votação de projetos, mesmo com o processo de impeachment da presidente Dilma em andamento.
Os prefeitos pediram celeridade na votação de projetos de interesse dos municípios, como: Resíduos Sólidos, ISSQN, derrubada do veto presidencial que trata da multa da repatriação de valores, o reajuste do Piso do Magistério, a prorrogação do prazo da Lei dos Lixões e a importância dos consórcios públicos. Os gestores reivindicaram, ainda, que Moura faça uma intermediação junto ao Ministério da Fazenda para a liberação da complementação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
A reportagem do
Olhar Direto apurou que, no Senado, as lideranças se reuniram com o presidente Renan Calheiros, que também confirmou presença na Marcha. A luta agora é para derrubar o veto da presidente Dilma em relação ao projeto referente à multa sobre a repatriação de recursos. Em maio o Senado colocará em votação o veto presidencial.
Neurilan Fraga observou que os prefeitos estão buscando meios para garantir o equilíbrio financeiro, lutando pela aprovação de projetos que atendam os municípios neste momento. Fraga disse, ainda, que os gestores municipais querem acabar com o subfinancimento dos programas federais, equalizar os valores e aumentar os repasses aos municípios.
O presidente em exercido da CNM, Glademir Aroldi, considera que a apreciação das matérias antes da edição da mobilização deste ano é importante para que seja feita uma análise junto aos prefeitos do Brasil.
“Há um ano a gente tratou da reforma do Pacto Federativo. Tanto o presidente Eduardo Cunha quanto o presidente Renan instalaram as comissões da reforma no Senado e na Câmara. Agora, nós precisamos mostrar para os prefeitos, vereadores e para as lideranças municipalistas o que aconteceu nesse período e as matérias que conseguimos avançar”, explicou.