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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Combate violência doméstica

“Mulheres não querem ser mais, mas não aceitam ser menos”, afirma promotora

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Promotora atua no Núcleo de Enfrentamento da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá

Promotora atua no Núcleo de Enfrentamento da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá

A promotora de Justiça Lindinalva Rodrigues, que atua no Núcleo de Enfrentamento da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá, ressaltou – em entrevista exclusiva ao Olhar Direto – que as “mulheres não querem ser mais, mas não aceitam ser menos que os homens”. Além disto, fez questão de combater alguns discursos de que a violência contra a mulher esta na natureza de todos os homens: “a maioria não é de agressores”. Por fim, ainda comemorou a diminuição de feminicídios na capital mato-grossense.


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Para a promotora, a maioria dos homens não é de agressores: “Isto é algo que deve chamar atenção de toda sociedade. A maioria dos homens não é de agressores, repudiam a violência doméstica e estão do nosso lado nesta batalha. É importante ressaltar que as mulheres não querem ser mais que os homens, mas também não aceitam ser menos”.
 
Lindinalva, que ressaltou ser a primeira promotora a aplicara Lei Maria da Penha no país, lembrou que a cada duas horas uma mulher é assassina no Brasil e ressaltou que o preconceito “da nossa sociedade vai além das mulheres. Ele chega até na legislação”.
 
“Não tivemos nenhum caso de feminicídio em Cuiabá este ano. Se comparar com Várzea Grande, a diferença é grande. O nosso trabalho tem diminuído em mais de 50% estes casos na capital mato-grossense. Temos feito projetos sociais. Um deles está inserido nos presídios, para os homens, que é chamado de ‘Lá em casa quem manda é o respeito’. Ele serve para reeducar os agressores”, comentou a promotora.
 
Por fim, destacou que a redução é resultado de um esforço conjunto: “Isto é resultado do trabalho de uma década. É algo que a gente vem a cada dia dando visibilidade. Ano passado foram seis ou sete feminicídios. O número é menor do que de muitas cidades do interior do nosso estado e estamos em uma capital, com centenas de milhares de pessoas. Isso se deve a um trabalho conjunto das delegacias de polícia, Polícia Militar, Ministério Público Estadual (MPE) e Judiciário”.
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