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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Pai de jovem mantida em cárcere pela mãe disse que não via a filha há dois anos e relata temperamento violento da ex

Foto: Cléber Júnior / Extra

Pai de jovem mantida em cárcere pela mãe disse que não via a filha há dois anos e relata temperamento violento da ex
No Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para liberar o corpo da filha, Daiana de Souza Lima, de 19 anos, o auxiliar de frigorífico Cidinei Oliveira contou, nesta quinta-feira, que há dois anos era proibido de ver a jovem. Ele seria impedido pela ex-mulher, que está presa no presídio Bangu 8, na Zona Norte do Rio. Marlucia Rodrigues de Souza, de 42 anos, é acusada de maus-tratos e cárcere privado. A vítima, que vivia em estado vegetativo, morreu na noite desta quarta-feira, após dar entrada no Hospital Moacyr do Carmo, também em Caxias, com diversas feridas necrosadas pelo corpo, algumas delas com larvas de insetos.


- A última vez que vi a menina foi pela porta da rua. Ela parecia estar bem no sofá, se alimentando. Mas a mãe não me deixou entrar. Desde então, fui proibido de vê-la. Apenas ligava e ela dizia que a Daiana estava bem - disse Cidinei, de 43 anos.

Muito abalado, ele contou que tinha medo do temperamento violento de Marlucia:

- Ela praticamente me expulsou de casa, em 2005. Acho que por ambição, pois ela queria a casa para ela.

Cidinei ainda mostrou marcas de três facadas que, segundo ele, foram dadas por Marlucia: na perna esquerda, no dedo da mão esquerda, e nas costas.

- Ela chegou a me colocar na parede com a faca no meu pescoço, dizendo que iria me matar. Não entendo o que passava na cabeça dela - disse o pai de Daiana, chorando muito.

Segundo Cidinei, Marlucia dizia que se ele a denunciasse à polícia, iria chamar os "meninos" para matá-lo, numa referência aos traficantes da Favela do Lixão, em Caxias. A família foi para a Baixada Fluminense há 10 anos, depois de sair da cidade de Pancas, no Espírito Santo, para tentar a sorte no Rio.

- Batalhei muito para construir a casa no Lixão. Chegava tarde do trabalho e ainda ia trabalhar nas ferragens até a madrugada. Pensei até em arrombar a porta para ver minha filha, mas em comunidade a gente tem que ter jogo de cintura - disse Cidinei.

A madrinha de Daiana, a última a vê-la com vida no domingo, também contou que tinha medo de denunciar Marlucia.

- Sabia da situação, mas tinha medo, pois achava que a Marlucia poderia fazer alguma coisa comigo - disse Kelly Cristina.
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