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Sábado, 20 de abril de 2024

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TRANSPORTE CARO E RUIM

Passageiro sofre com infraestrutura precária em Cuiabá e não são poucos os que temem vexame na Copa

Foto: Fotos Darwin Júnior

Na antiga Praça Bispo Dom José - área central de Cuiabá, um abrigo de cinco metros para mais de 200 pessoas, em média, nos horários de pico.

Na antiga Praça Bispo Dom José - área central de Cuiabá, um abrigo de cinco metros para mais de 200 pessoas, em média, nos horários de pico.


Esperar por um ônibus em Cuiabá continua desconfortável, principalmente domingos e feriados com sol a pino. Os pontos, em vários bairros, apresentam infraestrutura precária, como a ausência de abrigos.
 
A Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTU), em anúncio feito pelo próprio prefeito Mauro Mendes (PSB), chefe do Poder Executivo da Capital, busca desde 2013 parcerias para implantar ou restaurar cobertura em mais de 1.100 paradas de onibus.

A Prefeitura de Cuiabá informou que faz manutenções e implantações, mas os usuários querem um projeto de requalificação mais amplo. A tarifa de ônibus de R$ 2,80  é uma das mais caras do Brasil, levando-se como comparativo o Índice por Quilômetro Rodado (IPK).

No cruzamento das Avenidas Tenente Coronel Duarte (Prainha) com Isaac Póvoas, a poucos metros do Palácio Alencastro, onde turistas devem desembarcar em junho para assistir aos jogos da Copa do Pananal Fifa 2014, os passageiros têm a opção de esperar pelos ônibus apenas na rua.

"Se o turista que vier a Cuiabá depender de ônibus coletivo, vamos passar vergonha. Ainda bem que provavlemente 90% virão com dinheiro para pagar táxi", avaliou o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Nova Conquista, Jamilson Adriano Moura.

Para agravar o quadro, os micro-ônibus ficam parados em locais proibidos e ocupam espaço dos ônibus por vários minutos. Em dias normais, para não enfrentar congestionamento em horários de pico, os motoristas dos ônibus convencionais desviam o veículo para a pista ao lado - deixando a via expressa implantada há poucas semanas pela administração Mauro Mendes.

O presidente da União Cuiabana de Associação de Moradores de Bairros (Ucamb), Edio Martins de Souza, que é membro do Conselho Municipal de Transporte Urbano (CMTU), revela que, por medo de perder a viagem, muitas pessoas se arriscam em meio ao trânsito da Prainha.

Para Jamilson Adriano Moura, a espera diária é incômoda para os usuários do sistema. "Quem depende, fica embaixo de sol forte e de chuva. Sujeitos a um atropelo", definiu Jamilson.



Revoltado com a situação, usuário Manoel Rufino de Oliviera, 85 anos, conta que já fez várias reclamações à SMTU, mas não foi atendido. "Isso é um desrespeito. Nós pagamos um dos transportes mais caros do Brasil e temos que ficar desprotegidos, no meio da pista, para não perder o ônibus. Um deficiente não consegue embarcar aqui", afirmou ele.

O motorista de ônibus da Pantanal Trasnportes, que pediu para não ser identificado pela reportagem do Olhar Direto, conta que passa distante do local apropriado para não atrasar a viagem. "Estou ná 14 anos na profissão e sei que temos obrigação de cumprir o horário, faça chuva ou faça sol... Carros e micro-ônibus ocupam a via exclusiva e congestionam alguns pontos na área central. Nos bairros, os buracos são problemas crônicos. Não vemos outra alternativa a não ser desviar", justificou.

Edio Martins disse que sugeriu ao Conselho Municipal que a SMTU realize treinamento com os motoristas de micro-ônibus e ônibus. A proposta foi aprovada há quase dois anos, porém, até hoje não foi implantacada.  (Colaborou Darwin Júnior)
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